Negociador ucraniano sugere que Kiev aceitaria zona desmilitarizada no Donbass
O negociador ucraniano Mykhailo Podolyak, citado pelo jornal francês Le Monde, indicou que Kiev estaria disposto a aceitar a criação de uma zona desmilitarizada na região do Donbass. A medida faz parte das negociações do plano de paz entre Ucrânia e Rússia, baseado em uma proposta do presidente norte-americano Donald Trump, que ainda segue em discussão.
A proposta de neutralidade militar no território ucraniano faz parte do plano atualmente em discussão entre Kiev e Moscou, e Kiev estaria próxima de aceitar esse cenário, segundo o negociador ucraniano Mykhailo Podolyak.
De acordo com ele, tanto as forças russas quanto as ucranianas teriam que se retirar dos dois lados da atual linha de frente na região do Donbass. Moscou, por sua vez, reivindica a posse de toda a região, mesmo sem que suas tropas tenham ocupado integralmente o território.
Podolyak mencionou a participação de um contingente estrangeiro e a realização de missões de monitoramento para assegurar o cumprimento do acordo. Em entrevista ao jornal francês Le Monde, ele afirmou que uma zona desmilitarizada deve existir em ambos os lados da linha de frente.
Nesta sexta-feira (12), a União Europeia deve aprovar o congelamento dos ativos soberanos russos na Europa pelo tempo necessário, retirando um dos principais obstáculos à utilização desses recursos para financiar o esforço de guerra da Ucrânia contra a Rússia.
Os governos dos 27 Estados-membros da União Europeia deverão concordar até hoje, às 16h, por votação por maioria qualificada, em congelar cerca de 220 bilhões de euros em ativos russos. A medida visa permanecer em vigor enquanto houver ameaça imediata aos interesses econômicos da UE, evitando a necessidade de renovação a cada seis meses por unanimidade — procedimento que poderia ser bloqueado por países pró-Rússia, como a Hungria.