Múcio diz que Forças Armadas agiram 'com responsabilidade' e vê encerramento de ciclo
O ministro da Defesa ainda não conversou com o presidente Lula sobre a situação e evitou comentar a possível perda de patentes dos militares condenados. O ministro da Defesa, José Múcio, foi um dos primeiros integrantes do governo Lula a comentar o trânsito em julgado das condenações e as prisões decorrentes da trama golpista, incluindo a do ex-presidente Jair Bolsonaro e a de três generais.
Ao falar com jornalistas após participar de um evento de filiação de seu filho ao PSD, Múcio afirmou que as Forças Armadas atravessaram toda a crise "com responsabilidade". Ele destacou que o desfecho do processo demonstra a força das instituições e representa o encerramento de um ciclo.
"Está se encerrando um ciclo, onde os CPFs estão sendo responsabilizados e punidos e para a felicidade do país, as instituições estão sendo todas preservadas, democracia preservada, Forças Armadas preservadas. Eu acho que foi doloroso o processo, mas esse é como todo ciclo da vida, teve começo, teve meio, o meio foi desagradável e nós estamos agora administrando o fim do processo."
O ministro acrescentou que ainda não conversou com o presidente Lula sobre a situação e evitou comentar a possível perda de patentes dos militares condenados.
No Congresso Nacional, as repercussões também se intensificaram. O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, classificou o momento como "um dia histórico" e voltou a falar em um encerramento de ciclo. Já aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro criticaram as prisões e o processo que levou às condenações, entre eles, o deputado Filipe Barros (PL-PR).
"Importante a gente lembrar que esse é um processo eivado de vício desde o início. É um processo de eivado de vício desde o início. O ministro relator não poderia ter sido relator. O Supremo mudou as regras do jogo durante o jogo, mudou o entendimento sobre o foro privilegiado. Então, é um processo eivado de várias nulidades que certamente serão sanadas."
As prisões também impulsionaram novas articulações dentro do PL em defesa de uma anistia, movimento que ganhou força nesta terça-feira (25) e já era esperado por líderes aliados de Bolsonaro.
