Motta escolhe Derrite como relator do projeto de lei antifacção apresentado pelo governo

 

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A escolha já é alvo de críticas de governistas. Projeto o governo endurece as penas contra integrantes de organizações criminosas. O presidente da Câmara, Hugo Motta, escalou o secretário licenciado da Segurança de São Paulo, Guilheme Derrite, para relatar o projeto antifacção, enviado ao Congresso pelo governo. O texto endurece as penas contra integrantes de organizações criminosas como PCC e Comando Vermelho para até 30 anos de prisão.

A proposta cria a modalidade qualificada desse crime quando houver domínio de território; facilita ações contra empresas usadas pelo crime organizado, além de regula a gravação de conversas entre criminosos e advogados dentro da prisão.

Nas redes, Derrite escreveu que assume a relatoria para "lutar pela severa punição daqueles que escolhem o caminho do crime organizado".

Inicialmente, Derrite tinha sido designado pela oposição para relatar o projeto antiterrorismo, que pretende classificar as facções como organizações criminosas. Esse texto é alvo de críticas do Palácio do Planalto. Num acordo de Motta com a oposição, a escolha foi pelo secretário licenciado.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, já reagiu à escolha. Nas redes, escreveu que a decisão é um desrespeito.

"A escolha feita pelo presidente Hugo Motta é um desrespeito com o presidente Lula. O projeto de lei antifacção é uma prioridade do governo Lula e colocar nas mãos do secretário de segurança do governador Tarcísio beira uma provocação. Parece um interesse deliberado de não aprovar e de atrapalhar a tramitação da pauta prioritária do governo na área de segurança pública".