Motta diz que vai manter escolta de Talíria após queixa de deputada
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), determinou a manutenção da escolta da deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ) até que haja uma decisão definitiva sobre o pedido de reconsideração apresentado pela parlamentar. A medida ocorre após a suspensão do serviço.
A escolta havia sido suspensa por despacho assinado na última segunda-feira, com base em parecer técnico do Departamento de Polícia Legislativa Federal (DPLF) emitido em 4 de dezembro. O documento considerou informações da Polícia Federal, da Polícia Civil do Rio de Janeiro e do Ministério Público estadual, segundo as quais não haveria ameaças recorrentes nem risco atual à integridade física da deputada.
Após a repercussão, Motta informou, por meio de sua assessoria, que está em contato com Talíria e que o tema será reavaliado à luz dos precedentes da Câmara e de novas informações apresentadas pela deputada. Enquanto isso, o presidente determinou a continuidade da escolta.
Em publicação no X (antigo Twitter), Talíria afirmou ter sido surpreendida com a retirada da proteção em uma semana de tensão na Casa. Segundo ela, tentou contato com o presidente sem sucesso inicialmente, o que aumentou sua apreensão.
“Há pouco, recebi uma ligação do presidente da Casa informando que irá acolher o recurso referente à minha escolta, garantindo o retorno das condições para o exercício do mandato com segurança. Seguiremos mobilizados até que esta decisão seja revertida oficialmente”, escreveu a deputada em sua publicação.
A suspensão da escolta foi formalizada por despacho da Presidência da Câmara, que cita o Ato da Mesa nº 213/2025, norma que estabelece prazos e prevê a revisão periódica do serviço de proteção. O documento afirma que a manutenção da escolta depende da persistência dos motivos que levaram à sua concessão, mas ressalta que a decisão não é definitiva e pode ser revista.
