Motorista que parou Rodoanel com falsa ameaça de bomba foi expulso da PM por 'atos desonrosos' e transgressão
Responsável pela falsa ameaça de bomba que paralisou o Rodoanel em São Paulo, o motorista de caminhão Dener Laurito dos Santos, de 52 anos, já foi expulso da Polícia Militar por "atos desenrosos" e "transgressão disciplinar de natureza grave". As informações constam no Diário Oficial de São Paulo de março de 2006.
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O documento não dá mais detalhes sobre os fatos que levaram Dener dos Santos a perder o cargo. Antes da expulsão, ele trabalhava no 22° Batalhão de Polícia Militar, unidade localizada na zona sul de São Paulo.
Procurada, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) não deu mais informações quanto a expulsão do motorista.
O secretário executivo de Segurança Pública de São Paulo, Osvaldo Nico, afirmou ao O GLOBO que Santos, depois de confrontado pelos policiais sobre os detalhes da história, confessou nesta quarta-feira (19) que inventou a ameaça de bomba. Inicialmente ele informou que teria sido vítima de um assalto.
Santos teria ainda atirado uma pedra no vidro do próprio caminhão, para simular o suposto assalto, e amarrado em si mesmo a bomba com a qual foi encontrado dentro do caminhão. Segundo Nico, Santos foi indiciado por falsa comunicação de crime. Informações da rádio CBN indicam ainda que durante o interrogatório, o motorista afirmou que simulou o assalto para "chamar atenção para a causa trabalhista dos motoristas de caminhão".
O caso paralisou o Rodoanel durante a madrugada e a manhã do dia 12, uma quarta-feira. O caminhão apareceu atravessado na pista e o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) se dirigiu ao local, diante da informação de um explosivo na cabine. Os policiais usaram equipamentos especiais até constatarem que a bomba era um simulacro.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, as investigações prosseguem na delegacia de Taboão da Serra para a "devida responsabilização criminal do indiciado".
