Moraes dá cinco dias para defesa de Augusto Heleno apresentar exame inicial que identificou Alzheimer

 

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Os advogados também deverão esclarecer se, em virtude do cargo de ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, ocupado entre 2019 e 2022, Heleno comunicou o diagnóstico ao serviço de saúde da presidência, ministério ou algum outro órgão. O Ministro Alexandre de Moraes determinou que a defesa do general da reserva Augusto Heleno apresente, em até cinco dias, o exame inicial que identificou ou registrou sintomas de demência mista, bem como relatórios, exames, avaliações médicas, neuropsicológicas e psiquiátricas produzidas desde 2018, inclusive prontuários, laudos evolutivos, prescrições e documentos que comprovem a alegação de Alzheimer, apresentada pela defesa.

Os advogados também deverão esclarecer se, em virtude do cargo de ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, ocupado entre 2019 e 2022, Heleno comunicou o diagnóstico ao serviço de saúde da presidência, ministério ou algum outro órgão.

Augusto Heleno protocolou pedido urgente de concessão para prisão domiciliar, alegando sofrer de Alzheimer desde 2018. Nesta sexta-feira, a Procuradoria Geral da República se manifestou favoravelmente à solicitação. Paulo Gonet afirmou que as circunstâncias postas indicam a necessidade de reavaliação da situação do custodiado.

No despacho, publicado neste sábado, Moraes destaca que, apesar das alegações, não há nenhum documento, exame ou relatório nos autos que comprove a presença dos sintomas no período em que o general foi ministro e que o réu, interrogado em 10 de junho de 2025, realizou autodefesa, respondendo a todas as perguntas, sem jamais mencionar problemas cognitivos.

A defesa de Augusto Heleno também havia formulado pedido de sigilo das peças processuais, mas o ministro Alexandre de Moraes deferiu apenas sigilo sobre os documentos médicos, que deverá ser atribuído no momento de apresentação das petições e documentos.

Preso na última terça-feira, no caso da trama golpista pelo Exército e pela Polícia Federal (PF), Augusto Heleno, de 78 anos, está atualmente no Comando Militar do Planalto, em Brasília.