Minas Gerais lidera perda de valor nas exportações com tarifaço dos EUA, aponta FGV

 

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Um levantamento da instituição mostrou que, em setembro, houve um prejuízo de 236 milhões de dólares, o equivalente a cerca de R$ 1,2 bilhão. Minas Gerais teve a maior perda de valor com o tarifaço nas exportações para os Estados Unidos, entre todos os estados brasileiros, segundo a Fundação Getúlio Vargas.

Um levantamento da instituição mostrou que, em setembro, houve um prejuízo de 236 milhões de dólares, o equivalente a cerca de R$ 1,2 bilhão. A redução foi de 50,5% em relação ao mesmo período do ano passado.

De acordo com a FGV, setembro foi o primeiro mês completo após a imposição do tarifaço em 50% dos produtos exportados e, por isso, pode ser considerado um bom termômetro dos impactos na economia.

Conforme o estudo, Minas foi mais afetado porque a redução nas exportações atingiu tanto os produtos taxados quanto aqueles que continuaram isentos. Isso quer dizer que as vendas sem aplicação de imposto não foram suficientes para compensar as perdas.

Segundo o o pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas, Flávio Ataliba, dois produtos puxaram a queda na balança comercial.

"O café não torrado ele não é isento, ele é tarifado, e o ferro fundido bruto é tarifado. Mas os dois tiveram uma uma retração em setembro de 2025. Tanto o café não torrado, que teve uma queda de mais de 20%, e o ferro fundido, uma queda de mais de 58%. Então, isso impactou fortemente a base de exportação de Minas para os Estados Unidos."

O estudo fez o comparativo entre setembro deste ano com setembro do ano passado, o que permite fazer uma avaliação mais precisa do impacto do tarifaço, segundo o pesquisador:

"Houve uma perda, quando a gente compara setembro de 2024 com setembro de 2025, de mais de U$230 milhões de dólares, que é mais de um bilhão de reais. Isso mais de um bilhão de reais. E isso representou, na pauta de exportação de Minas Gerais, mais de 50%."

Depois de Minas Gerais, os outros estados do Brasil que tiveram perdas na balança comercial foram: Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Paraná.