Mesmo com energia restabelecida, água pode levar até 48 horas para voltar às torneiras
Mesmo com a redução das áreas atingidas pela falta de energia elétrica, parte da capital e de municípios da Grande São Paulo segue com o abastecimento de água comprometido por causa da falta de energia provocada pelas chuvas e vendavais. Segundo a Sabesp, o fornecimento de eletricidade ainda é instável em sistemas essenciais para o bombeamento, o que dificulta a normalização. A recuperação total, informa a Sabesp, pode levar até 48 horas após o religamento da energia.
Na capital, seguem afetadas regiões como Parelheiros e Vila Romana, além de áreas do Parque do Carmo, que continuam com equipamentos sem energia. Bairros que chegaram a ficar totalmente paralisados — como Cangaíba, Parque Savoy, Sacomã, Vila Clara, Vila Formosa, Vila Mariana e Carrão — já tiveram a eletricidade restabelecida e iniciam a retomada gradual do abastecimento.
A Sabesp destaca que bairros vizinhos também são impactados porque compartilham reservatórios e estações. A companhia afirma realizar manobras operacionais para reduzir os efeitos da falta de energia, como o uso do Sistema Flex, que permite enviar água de regiões estabilizadas para áreas ainda prejudicadas.
Estações movidas a gás foram acionadas e geradores mantêm unidades como Americanópolis e Itapecerica da Serra em funcionamento — embora a potência exigida pelos equipamentos de bombeamento seja muito superior à de um gerador comum. “Há equipamentos com potência maior que um carro de Fórmula 1”, informou a empresa.
Na Grande São Paulo, houve melhora em cidades antes entre as mais afetadas. Mauá, Santo André, São Bernardo do Campo, Cotia (Atalaia), Osasco (Vila Iracema), Cajamar (Capital Ville), Mairiporã e regiões de Santa Isabel e Guararema tiveram parte da energia restabelecida e iniciam a recuperação do sistema. Já Guarulhos (Pimentas), Francisco Morato (Jardim Arpoador) e Caieiras (Centro) seguem enfrentando dificuldades por causa da falta de luz.
A Sabesp reforça que o retorno da água é sempre mais lento que o da energia: enquanto a eletricidade volta assim que a rede é religada, a água precisa percorrer toda a tubulação e encher as caixas-d’água dos imóveis ao longo do trajeto. Por isso, bairros mais altos e distantes dos reservatórios são os últimos a sentir a retomada.
A companhia informa que caminhões-pipa seguem mobilizados para atender emergências, sobretudo em unidades de saúde e escolas.
