Médicos dizem que Bolsonaro está no quarto e cirurgia ocorreu sem intercorrências
A equipe médica do ex-presidente Jair Bolsonaro deu detalhes, na tarde desta quinta-feira, sobre o estado de saúde dele após a cirurgia realizada no hospital DF Star, em Brasília. O procedimento ocorreu sem intercorrências e teve duração aproximada de três horas e meia.
O cirurgião Cláudio Birolini disse que Bolsonaro ele já está acordado e no quarto. Segundo ele, a previsão é de cinco a sete dias de recuperação. O médico afirmou ainda que ainda vai avaliar se indica a saída de Bolsonaro da Polícia Federal, onde está preso.
O cardiologista Brasil Ramos Caiado disse que não foi feito procedimento para reduzir os soluços de Bolsonaro e que isso pode ser realizado na segunda.
– Optamos por questão de precaução observar nesses próximos dias para ver a necessidade desse procedimento (o do soluço) – afirmou, acrescentando que o soluço é uma preocupação recorrente da equipe médica e de Bolsonaro.
Bolsonaro foi internado na quarta-feira para exames e preparo pré-operatório antes da cirurgia para correção de uma hérnia inguinal bilateral. A hospitalização foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após perícia da Polícia Federal apontar a necessidade da intervenção médica. A expectativa da equipe médica é que o ex-presidente permaneça internado entre cinco e sete dias.
A cirurgia é considerada eletiva, mas foi indicada para evitar o agravamento do quadro e possíveis complicações. Realizado sob anestesia geral, o procedimento teve como objetivo reposicionar o conteúdo abdominal e reforçar a musculatura da região da virilha, onde ocorre o enfraquecimento da parede abdominal.
Além da correção da hérnia, a equipe médica avalia a realização de um bloqueio anestésico do nervo frênico, procedimento que pode ser indicado para tratar as crises de soluços persistentes apresentadas por Bolsonaro nos últimos meses. O momento mais adequado para essa intervenção ainda não foi definido.
No pós-operatório, Bolsonaro permanecerá sob monitoramento contínuo, com controle rigoroso da dor, sessões de fisioterapia para mobilização precoce e cuidados voltados à prevenção de complicações, como trombose venosa profunda e problemas respiratórios.
Durante a internação, o ex-presidente está acompanhado pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Seus filhos, Flávio e Carlos, estiveram no hospital mais cedo.
