Manifestação percorreu as ruas do Centro no sábado que marca a metade da duração da COP30
Milhares de pessoas, muitas das quais participantes da COP30, a conferência do clima de Belém, percorreram as ruas da cidade hoje em uma passeata ambientalista.
Organizada pelo coletivo de ONGs Cúpula dos Povos, o protesto é um acontecimento tradicional das COPs, e teve bastante sucesso nesta edição do encontro.
A manifestação foi pontuada, sobretudo por gritos de ordem e faixas com inscrições pedindo o fim dos combustíveis fósseis.
Um enterro simbólico com caixões representando o petróleo, o carvão e o gás foi uma das alas maia marcantes da marcha.
Outro grupo estendeu uma enorme faixa representando um grande boleto com a “conta” que os combustíveis fósseis precisam pagar em danos climáticos.
A passeata partiu do Mercado de São Brás, no Centro, e foi até as imediações do Parque da Cidade, onde está sendo realizada a COP30.
Um núcleo brasileiro do grupo Fridays For Future (FFF), fundado pela ativista sueca Greta Thunberg, participou do protesto.
Na véspera da marcha, circulou entre ambientalistas um boato de que Greta participaria da marcha, mas o FFF negou que ela tenha vindo ao Brasil.
A marcha seguiu pacificamente, com a polícia acompanhando os manifestantes em alguns trechos sem que o GLOBO tenha testemunhado nenhum incidente.
O protesto dos ambientalistas foi engrossado no Brasil principalmente por dois outros grupos, os indígenas e os movimentos de agricultura familiar.
Os primeiros vieram cobrando principalmente a demarcação de mais terras de povos originários. O segundo veio defendendo crédito para agricultura sustentável e avanço da reforma agrária.
A marcha recebeu o apoio das ministras Marina Silva (Meio Ambiente) e Sônia Guajajara (Povos Indígenas), que discursaram na concentração, mas não seguiram o trajeto da passeata.
