Manchester United é processado por suposto caso de abuso sexual e físico cometido por ex-funcionário nos anos 1980

 

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O Manchester United está sendo processado no Tribunal Superior do Reino Unido por um caso de abuso sexual e físico ocorrido na década de 1980. A ação, movida por um ex-menor sob os cuidados do clube, acusa a instituição de não ter protegido a vítima enquanto ela estava sob responsabilidade de um funcionário do time.

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Segundo o jornal The Sun, a denúncia envolve o ex-técnico interino e zelador Billy Watts, que morreu em 2009. Segundo os advogados do reclamante, Watts abusou sexual e fisicamente de seu cliente quando ele era criança, enquanto trabalhava no centro de treinamento The Cliff, em Manchester.

O escritório Simpson Millar LLP, que representa a vítima, afirma que o clube se recusou a cooperar em um possível acordo extrajudicial. A mãe da vítima declarou que o ex-funcionário se apresentava como uma figura de confiança, mas usava essa posição para se aproximar de jovens jogadores e cometer abusos.

Watts foi descrito por antigos atletas das categorias de base como “um pervertido”, e as acusações contra ele incluem ter puxado uma pessoa à força para um escritório, seguido menores até a sauna e tentado tocá-los de forma inapropriada nos chuveiros.

Em 2021, o nome de Watts foi citado indiretamente na Revisão Independente sobre Abuso Sexual Infantil no Futebol Inglês (1970–2005), conduzida por Clive Sheldon QC. O relatório mencionou um “zelador do clube, já falecido”, acusado de comportamento sexual inapropriado e de agressões físicas contra garotos nas dependências do United.

Na época, o clube afirmou ter encaminhado o caso à Federação Inglesa (FA) em 2016, após receber novas denúncias, e disse ter colaborado “plenamente” com a revisão.

— Identificar fatos a partir de alegações históricas nunca é fácil, mas fornecemos todas as informações relevantes para que a investigação fosse o mais completa possível — declarou o clube em nota.

A advogada Kate Hall, especialista em Direito de Abuso, elogiou a coragem do autor da ação:

— Nosso cliente demonstrou enorme força ao reviver lembranças extremamente dolorosas em busca de justiça — afirmou.