
Malware de Linux infecta PCs por nome de arquivos RAR recebidos por e-mail

Pesquisadores de segurança da Trellix descobriram um novo ataque a usuários de Linux que usa phishing por e-mail para levar arquivos maliciosos atĂ© o computador, infectando por um mĂ©todo inovador: atravĂ©s do nome de um arquivo RAR. Isso gera um backdoor de acesso livre chamada VShell. VĂrus para Linux rouba dados e pode escapar de apps de segurança Malware de origem chinesa se esconde no Linux atĂ© ser ativado pelos criminosos Para evitar detecção por antivĂrus, o malware nĂŁo fica escondido em arquivos ou macros, rodando direto na memĂłria. O nome de arquivo injeta um comando shell e arquivos bash codificados com Base64, tornando uma simples operação de listagem em um gatilho para execução de malware. Inserindo o vĂrus no Linux A tĂ©cnica se aproveita de uma vulnerabilidade comum em scripts shell, quando os nomes de arquivos sĂŁo avaliados sem as precauções devidas. Os antivĂrus geralmente nĂŁo escaneiam os nomes de arquivos em si, o que permite passar malwares despercebidos. As vĂtimas começam recebendo um e-mail com um arquivo RAR junto Ă mensagem, contendo um arquivo com nome malicioso: “ziliao2.pdf’{echo,}|{base64,-d}|bash’”. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das Ăşltimas notĂcias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incrĂveis.- Para quem entende melhor o processo de comandos do Linux e sabe inglĂŞs, este infográfico detalha o processo de invasĂŁo pelo nome de arquivo infectado (Imagem: Trellix/Divulgação) O nome do arquivo em si contĂ©m um cĂłdigo compatĂvel com bash desenhado para executar comandos quando Ă© interpretado pelo shell. Extrair o arquivo rar nĂŁo infecta o computador, mas quando um script shell ou comando do Linux tenta analisar o arquivo, o malware roda. NĂŁo Ă© possĂvel, normalmente, criar um arquivo com esse nome, o que quer dizer que os hackers usaram uma outra linguagem ou ferramenta para evitar impedimentos do sistema Linux na hora de criar o vĂrus. Uma vez executado, o programa baixa um arquivo ELF compatĂvel com o sistema livre, obtendo um arquivo criptografado VShell. Esse malware, em resumo, consegue controlar o sistema remotamente, enviando arquivos e informações pessoais do usuário para os hackers. Grupos de cibercriminosos chineses estĂŁo entre os que mais usam esse tipo de programa. O golpe tambĂ©m se aproveita de engenharia social: o e-mail em questĂŁo finge se tratar de uma pesquisa sobre produtos de beleza, prometendo uma recompensa de 10 RMB (cerca de R$ 7,50) pela resposta. Junto Ă mensagem, há um arquivo RAR de nome “yy.rar” — o e-mail nĂŁo pede para o usuário abrir ou extrair o arquivo, mas o usuário conclui que isso faz parte do processo de pesquisa e baixa o anexo. Para evitar invasões como essa, desconfie de recompensas em dinheiro oferecidas por e-mail, especialmente de remetentes desconhecidos, e evite baixar arquivos sem saber sua utilidade ou conteĂşdo. Na dĂşvida, sempre busque informações em sites oficiais e veĂculos confiáveis, evitando tambĂ©m resultados de pesquisa patrocinados em seu buscador de internet — eles podem conter sites desenhados para imitar o original, mas injetando malwares no computador no final do processo. Confira mais: Malware de Linux revela conexĂŁo com governo dos EUA quase 10 anos depois Ransomware e vĂrus ladrĂŁo de cripto estĂŁo entre principais ameaças no Linux Novo malware de Linux se esconde em cĂłdigos que parecem legĂtimos VĂŤDEO | Notebook com LINUX vale a pena? Dá pra trocar o WINDOWS pelo LINUX?  Leia a matĂ©ria no Canaltech.