
Mais perigoso que um caça? Conheça o drone dos EUA que promete ser mais letal (e barato) que o F-35

Nos bastidores da corrida pela supremacia aérea, a Lockheed Martin, empresa aeroespacial e de defesa americana, revelou oficialmente o Vectis, um drone de combate furtivo criado por sua famosa divisão Skunk Works, o mesmo laboratório que deu origem ao U-2, SR-71 Blackbird e F-117 Nighthawk. O anúncio foi feito durante a conferência Air, Space & Cyber 2025, no último final de semana, marcando o que muitos observadores consideram um novo capítulo para os sistemas aéreos não tripulados.
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O Vectis está classificado como um CCA de Grupo 5, o que significa um veículo aéreo não tripulado de grande porte, com peso de decolagem elevado e capaz de operar em altitudes consideráveis, embora a Lockheed ainda não tenha divulgado todos os dados exatos de desempenho. De acordo com a revista Army Recognition, ele terá dimensões entre drones tipo míssil e caças como o F-16, trazendo design furtivo com asa em forma de delta sem cauda aparente, entradas de ar superiores e fuselagem pensada para minimizar assinatura de radar e calor.
Quanto às missões, o Vectis é versátil: atuação em vigilância, guerra eletrônica, reconhecimento, ataques de precisão, além de combate aéreo ofensivo e defensivo. Sua autonomia inclui operar de forma independente ou em parceria com aviões tripulados, especialmente modelos de ponta como o F-35, dentro do conceito de “loyal wingman”. Apesar da comparação inevitável com o caça mais avançado dos Estados Unidos, o drone chama a atenção por oferecer custo significativamente menor de produção e operação, além de exigir menos manutenção. Segundo especialistas ouvidos pela imprensa especializada, essa relação custo-benefício pode transformá-lo em um multiplicador de força, capaz de ampliar a presença aérea sem os mesmos gastos envolvidos em programas bilionários como o do F-35.
Outro aspecto importante é sua arquitetura aberta, modularidade e sua produção digital, o que visa facilitar customizações, atualizações e integração com sistemas aliados. De acordo com a Army Recognition, enquanto o F-35 representa um investimento de altíssimo valor e depende de complexos processos logísticos, o Vectis surge como alternativa mais acessível, permitindo que aliados americanos também possam operar a tecnologia furtiva em escala.
Embora ainda em fase inicial, com protótipos sendo montados e peças encomendadas, a Lockheed planeja que o Vectis realize seu primeiro voo até o final de 2027, com previsão de estar operacional por volta de 2028. Esse cronograma reflete uma estratégia de desenvolvimento privada (funded pela própria empresa), que busca superar ritmos tradicionais de aquisição militar e posicionar o drone como player competitivo no cenário global.