Lula diz que 'vai dar uma surra' na extrema-direita nas eleições de 2026

 

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Antecipando a campanha eleitoral do ano que vem, o presidente Lula declarou nesta sexta-feira (19), durante evento em São Paulo, que o país não pode permitir que a extrema-direita fascista retorne ao poder.

Sem citar o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro, Lula lembrou dos mais de 700 mil mortos na pandemia e disse que negacionistas e fascistas não podem voltar a governar através de mentiras na internet. O presidente, que já declarou várias vezes que vai ser candidato à reeleição, disse ter a obrigação de não permitir que a democracia dê um passo para trás e mandou recado para possíveis adversários.

“Estou terminando o governo num momento muito bom. Sei que tem muita gente já pensando nas eleições de 2026. Eu ainda não posso pensar porque ainda tenho que trabalhar. Mas deixa eles pensarem. E, quando quiserem, venham. Porque vamos dar uma surra em quem se meter a achar que a extrema-direita vai voltar a governar este país”, disse Lula.

A fala de Lula aconteceu durante a celebração de natal dos catadores de materiais recicláveis, que ele participa todo ano desde o seu primeiro mandato, em 2003.

PL da Dosimetria

Em dado momento, o presidente falou das condenações de Bolsonaro e de quatro generais por tentativa de golpe de Estado, que incluía um plano para assassiná-lo. O público formado por catadores e militantes de movimentos sociais reagiu gritando "sem anistia" em coro.

Em resposta, Lula voltou a dizer que vai vetar o projeto de lei que reduz penas para os envolvidos nos atos golpistas, mandando recado ao Congresso.

"Com todo o respeito aos deputados e senadores que votaram a favor da lei da redução da pena, eu quero dizer para vocês que eu vou vetar essa lei. Se eles quiserem, que derrubem o meu veto", afirmou o presidente.

O discurso de Lula também foi marcado por críticas ao preconceito e a políticas que dificultam a atividade de catadores, e disse que esse é um "trabalho nobre" e pouco reconhecido.

A cerimônia teve participação de diversos ministros de estado, como Fernando Haddad, da Fazenda, e Guilherme Boulos, da Secretaria-Geral da Presidência da República, que anunciou R$ 162 milhões em programas voltados a apoiar catadores e a reciclagem.