Lula deve perder mais da metade da Esplanada nos primeiros meses do ano

 

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O presidente Lula deve enfrentar um esvaziamento da Esplanada dos Ministérios no início do ano. Isso porque boa parte dos ministros precisa deixar os cargos até abril, seguindo os prazos previstos pela legislação eleitoral para que pré-candidatos se desincompatibilizem de suas funções atuais. Entre eles, estão auxiliares mais próximos do petista, que trabalham no Planalto, como a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, além do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Gleisi deve disputar uma nova vaga como deputada federal pelo Paraná. Rui Costa e Haddad podem concorrer ao Senado pela Bahia e São Paulo, ou o ministro da Fazenda pode ainda tentar o posto de governador em São Paulo.

Entre aliados importantes, que também entram na disputa eleitoral, estão Marina Silva, do Meio Ambiente, que pode buscar uma vaga ao Senado por São Paulo, assim como Simone Tebet, do Planejamento. Outra mexida deve ocorrer na pasta da Indústria e do Comércio, com o vice Geraldo Alckmin saindo para a disputa eleitoral.

Lula informou que deve manter nos cargos de ministros os secretários executivos. Normalmente é o tipo de cargo ocupado por pessoas mais técnicas, o que muda o perfil da Esplanada. O cientista político Alexandre Bandeira calcula que mais da metade da Esplanada deve deixar o posto até abril.

O presidente Lula vai fazer aí uma ampla reforma ministerial por uma questão de conveniência eleitoral e a conta deve ser essa mesmo, em torno de 20 ministros devem sair para concorrer a outros cargos dos 38 ministérios que o governo Lula tem, então nós estamos falando aí de mais da metade dos ministros devem dar lugar aos seus secretários executivos, porque nesses momentos eleitorais existe até uma escassez de políticos que queiram, de uma certa forma, virarem ministros e aí estarem vedados de concorrer a qualquer tipo de cargo letivo.

A primeira saída deve ocorrer ainda em fevereiro, com Fernando Haddad saindo do Ministério da Fazenda. O secretário-executivo, Dario Durigan, aparece como o principal favorito para assumir o cargo.

Haddad é considerado peça-chave no tabuleiro da Esplanada. O PT e o presidente Lula devem insistir com Haddad para que ele dispute o governo de São Paulo, o que daria palanque a Lula no estado.