Lula chama megaoperação do Rio de 'desastrosa': 'resultou em matança'

 

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Ele defendeu nesta terça (4) que legistas da Polícia Federal participem de investigação sobre a operação policial que matou 121 pessoas no Rio de Janeiro na semana passada, incluindo quatro policiais. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou em matança e chamou a operação policial que matou 121 pessoas no Rio de Janeiro de "desastrosa", durante entrevista a veículos internacionais nesta terça-feira. Ele defendeu nesta terça (4) que legistas da Polícia Federal participem de investigação sobre a operação policial que matou 121 pessoas no Rio de Janeiro na semana passada, incluindo quatro policiais. Lula disse ainda que a operação resultou em "matança".

A declaração a veículos internacionais, entre eles, Reuters, AFP, Associated Press foi feita durante a passagem por Belém (PA), em decorrência da COP30, a conferência climática da ONU sediada na cidade.

Na manifestação desta terça (4), Lula faz a primeira crítica direta à operação.

Na semana passada, logo depois a ação policial, ele se limitou a colocar nas redes sociais uma mensagem defendendo o combate ao crime organizado, mas evitou criticar a atuação do governo do Rio ou das forças de segurança estaduais.

Ele também defendeu a PEC da Segurança Pública, proposta do governo federal que tramita no Congresso e tem como principal objetivo fortalecer o combate integrado ao crime organizado. O governo também enviou o chamado Projeto Antifacção para apreciação do Legislativo.

Mortos em megaoperação no Rio de Janeiro

MARCOS VIDAL/Agencia Enquadrar/Agencia O Globo

Nessa entrevista a jornalistas internacionais, Lula explicou que o governo está articulando para que legistas da Polícia Federal participem do processo de investigação sobre as mortes durante a atividade policial. O STF fará uma audiência amanha para tratar do caso.

No dia seguinte à operação, o governador do Rio, Claudio Castro (PL), foi na direção contrária a de Lula disse que a operação "foi um sucesso" e que as únicas vítimas foram os quatro policiais que morreram nos confrontos.

Vielas destruídas no Complexo da Penha após megaoperação no Rio de Janeiro

Marcelo DSants/Ato Press/Agência O Globo