'Último ano de capacete': Rayssa Leal comenta a fase de transição da adolescência para a maioridade

 

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Durante o STU Rio, que termina neste domingo, na Praça do Ó, na Barra da Tijuca, Rayssa Leal volta e meia gritava “último ano com capacete”. A fala é uma brincadeira com seus colegas e torcida sobre a sua última temporada com a obrigatoriedade de usar o equipamento, aplicada aos competidores menores de idade. Aos 17 anos, a campeã da modalidade street na competição está feliz com a trajetória no skate e projeta bons momentos para a fase adulta, que chegará em menos de dois meses.

Pode não parecer, mas já faz uma década que Rayssa viralizou na internet, aos 7 anos, com vídeos que a exibiam vestida de fada fazendo manobras difíceis de skate, com a desenvoltura de uma profissional. De lá para cá, a Fadinha construiu uma trajetória de vitórias. Aos 11 anos, ganhou o primeiro título internacional e, aos 13, estreou nas Olimpíadas de Tóquio. Duas vezes campeã mundial, três vezes vencedora do Super Crown e detentora de duas medalhas olímpicas (prata e bronze), a jovem comenta o percurso bem-sucedido e o carinho do público.

— Foi uma jornada grande, né? Vocês me viram desde “fadinha”, quando eu nem usava capacete, até eu usar capacete, e, agora, vão me ver tirar o capacete. Isso me deixa muito contente! Vocês me viram crescer, eu tenho um carinho muito grande por vocês e vocês têm um carinho muito grande por mim. Eu sinto muito esse apoio e esse carinho — disse.

A jovem skatista é fenômeno internacional e faz sucesso por onde passa no Brasil. Durante o STU Rio, a atleta era o nome mais aguardado por grande parte do público, que vibrou a cada aparição da Fadinha e aplaudia em coro os acertos que a levaram ao título. Durante a nossa conversa, em coletiva na pista de skate, fãs gritavam “Rayssa, Rayssa” copiosamente, pleiteando a atenção da skatista, e confirmando a relação de ternura comentada por ela.

É em 4 de janeiro de 2026 que Leal viverá uma aguardada virada de chave, a chegada aos 18 anos de idade. Com pouco tempo restante até a data, passa um filme na cabeça da multicampeã, que aguarda ansiosamente o novo momento e vê com otimismo a chegada dessa fase:

— Não que vá mudar muita coisa (risos), eu só vou andar mesmo sem capacete, mas vou continuar sendo a mesma pessoa de sempre. Mas eu acho que chega uma idade em que a gente vai criando mais maturidade, vai criando mais responsabilidade também. Eu fico ansiosa, com medo dessa nova fase. No princípio vai dar aquele frio na barriga, mas tô muito feliz — afirmou a skatista.

Enquanto o seu aniversário não chega, a campeã da etapa carioca do STU tem mais uma competição importante a ser disputada com capacete. No próximo mês, Leal participa do Super Crown, campeonato da Street League Skateboarding, que acontece entre 6 e 7 de dezembro. A skatista também comentou as expectativas para o torneio:

— A gente vai ter bastante brasileiro competindo, então vai ser um campeonato muito irado pro povo brasileiro assistir. E é uma oportunidade muito grande de mostrar a força da nossa torcida. Os gringos ficam loucos, falando sério! Não tem torcida igual, quando a gente vai pra fora não tem nada que se compare. E as expectativas são as melhores, ir lá me divertir, acertar minhas manobras e, com fé em Deus, conseguir um bom resultado — concluiu.