Léo Jardim x Hugo Souza: Relembre trajetórias de goleiros heróis de Vasco e Corinthians na Copa do Brasil

 

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Classificados para a final da Copa do Brasil 2025, Vasco da Gama e Corinthians dividiram diversas características ao longo da temporada, das oscilações à escolha de ex-treinadores para comandar as equipes na segunda metade do ano. Mas nos jogos de volta das semi-finais da competição, realizados neste domingo, uma semelhança em especial saltou aos olhos de quem acompanhou as partidas: a qualidade e a capacidade de decisão dos goleiros Léo Jardim, do cruzmaltino, e Hugo Souza, do alvinegro.

Às vésperas do primeiro jogo da grande final, marcada para esta quarta-feira em São Paulo, O GLOBO traz um apanhado de momentos dos dois goleiros que acumulam passagens pela Seleção Brasileira e marcaram a caminhada dos clubes até a decisão.

Relembre as campanhas de Léo Jardim e Hugo Souza na Copa do Brasil:

Hugo se destacou desde a terceira fase ao manter o gol invicto nos dois confrontos contra o Novorizontino, vencidos por 2x0 no agregado. O desempenho se repetiu nas oitavas de final diante do rival Palmeiras, quando o goleiro passou ileso nas vitórias por 1x0 em Itaquera e por 2x0 na casa do alviverde.

Nas quartas de final, veio o grande momento do arqueiro no tempo normal. Ao final dos 180 minutos, Hugo novamente saiu sem ser vazado nos dois duelos contra o Athletico-PR, com triunfos por 1x0 em Curitiba e 2x0 em São Paulo. No segundo jogo, disputado na capital paulista, o jogador de 26 anos fez duas defesas difíceis, cortou três bolas aéreas e pegou um pênalti cobrado pelo zagueiro argentino Gastón Benavídez.

O primeiro gol sofrido pelo goleiro corintiano veio somente aos 40 minutos do segundo confronto da semi-final contra o Cruzeiro, realizado este domingo em São Paulo. A bola foi às redes após chute do ponta equatoriano Keny Arroyo. Dez minutos depois, aos cinco minutos do segundo tempo, a equipe celeste ampliou o marcador, novamente em finalização de Arroyo, o que fez o confronto ser definido nas penalidades.

Na disputa, Hugo viu Cássio, antigo dono da camisa um do Corinthians, fazer a primeira defesa após tentativa do atacante alvinegro Yuri Alberto.

Quatro chutes depois, foi a vez do atual goleiro da equipe paulista brilhar, mas em sequência. Hugo defendeu dois pênaltis seguidos, cobrados pelo atacante Gabigol e pelo volante Wallace, para classificar o Corinthians à oitava final de Copa do Brasil de sua história.

Para Léo Jardim, a caminhada até a grande decisão do torneio foi mais inconstante, variando atuações de destaque individual com momentos de tensão por resultados. Na primeira fase, etapa que o Vasco disputou por não ter ficado nas nove primeiras colocações do Campeonato Brasileiro de 2024, a equipe carioca passou sem sustos pelo confronto único contra o União, de Rondonópolis (MT), que sequer finalizou contra o gol cruzmaltino e saiu derrotado por 3x0.

Na fase seguinte, contra o Nova Iguaçu (RJ), Jardim foi exigido pela primeira vez na competição e fez três defesas, mas o Vasco novamente deixou o gramado tendo vencido por 3x0.

Na terceira fase, o Gigante da Colina passou sufoco no confronto contra o Operário (PR). Na primeira partida, realizada em Ponta Grossa (PR) e que terminou com um gol para cada lado, o goleiro cruzmaltino saiu de campo com um gol sofrido, uma defesa e um corte de bola aérea na conta.

No jogo de volta, veio a redenção. Apesar de novamente ter sofrido um gol da equipe paranaense, Léo Jardim se destacou com três defesas no total, além de uma bola afastada pelo alto, o que ajudou o Vasco a conseguir um novo empate por 1x1, deixando a classificação à critério dos pênaltis. Na disputa, o goleiro manteve a boa forma e pegou três bolas perante a torcida que encheu o estádio de São Januário.

Nos confrontos de ida e volta contra o CSA (AL), terminados em 0x0 e 3x1 para o Vasco, respectivamente, Jardim pouco apareceu, tendo sofrido um gol e feito apenas duas defesas ao longo dos 180 minutos do embate válido pelas oitavas de final.

Nas quartas, contra o Botafogo, o roteiro foi parecido com o da terceira fase, contra o Operário. No primeiro jogo, em São Januário, o goleiro cruzmaltino até apareceu, com duas defesas e um corte, desta vez pelo chão, mas não conseguiu segurar o ímpeto da equipe do Glorioso, que levou um empate em 1x1 para casa.

No segundo jogo, realizado no Estádio Nilton Santos, Léo Jardim teve seu melhor desempenho em todo o torneio, fazendo um total de sete defesas, uma bola aérea afastada e garantindo um novo empate com um gol para cada lado que levou o clássico para os pênaltis.

Na disputa, Léo Jardim defendeu o chute do lateral Alex Telles, primeiro batedor do Botafogo, que havia cobrado e marcado no tempo normal. A defesa foi o suficiente para classificar o cruzmaltino para as semis, contra o Fluminense.

Contra o tricolor, Léo Jardim enfrentou dificuldades no primeiro jogo, sendo responsável por fazer uma falta em Everaldo, atacante adversário, que gerou o gol do rival, mas compensou no segundo, fazendo uma apresentação segura no Maracanã e defendendo as cobranças de pênalti dos atacantes John Kennedy e Cannobio na disputa, o que classificou o cruzmaltino para as duas partidas decisivas.