
Leão mantido como pet escapa de casa na Tailândia e ataca menino em via pública

Um leão mantido em uma residência particular na Tailândia escapou e atacou um menino, deixando-o hospitalizado, informou neste domingo o Departamento de Vida Selvagem do país. O ataque ocorreu na noite de sábado, quando o animal atacou a criança que caminhava em uma via pública na província de Kanchanaburi, no oeste do país, a cerca de duas horas de carro da capital, Bangkok, segundo o comunicado oficial.
De acordo com a imprensa local, o garoto voltava para casa após brincar com outras crianças quando o grande felino saltou sobre ele.
A posse de leões é legal na Tailândia, onde a população de animais em cativeiro cresceu de forma expressiva nos últimos anos: quase 500 exemplares estão registrados em zoológicos, fazendas de criação, cafés de interação e residências particulares.
Entretanto, especialistas alertam que essa tendência coloca em risco tanto os animais quanto as pessoas e pode alimentar o comércio ilegal de espécies dentro e fora do país.
O proprietário do leão, identificado apenas como Parinya, foi acusado de violar leis de proteção à vida selvagem e pode pegar até seis meses de prisão e pagar uma multa de 50 mil bahts (cerca de 1.500 dólares), caso seja condenado.
O animal foi apreendido pelas autoridades, que informaram que um centro de reprodução de vida selvagem preparou um novo lar para ele.
Parinya disse à TV local que ficou “chocado” ao saber do ataque e afirmou que a leoa escapou depois de ser retirada da jaula, que estava passando por reformas.
“Peço desculpas pelo que aconteceu, foi um acidente”, declarou. “Pagarei a indenização e as despesas médicas do menino.”
Em seu comunicado, o departamento de vida selvagem alertou os proprietários de animais selvagens para que tenham consciência dos potenciais perigos, ressaltando que “todos os animais têm instintos ferozes”.
“Qualquer incidente imprevisto que afete a vida ou a propriedade de outras pessoas será punido e processado com todo o rigor da lei”, acrescentou o órgão.
Desde 2022, a legislação tailandesa exige que os donos registrem e implantem microchips em leões, além de notificar as autoridades antes de movê-los, mas há poucas exigências sobre os recintos ou o bem-estar dos animais.
No mês passado, um tratador foi morto por vários leões em um parque safari nos arredores de Bangkok, o que aumentou o escrutínio sobre o local, que oferece passeios de alimentação de leões e tigres por cerca de 40 dólares por pessoa.