Justiça nega novo pedido julgamento aos irmãos Menendez em Los Angeles

 

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Um juiz superior de Los Angeles rejeitou o pedido dos irmãos Erik e Lyle Menendez para um novo julgamento, mantendo a condenação à prisão perpétua pelo assassinato dos pais, em 1989. A decisão foi anunciada nesta segunda-feira pelo juiz William Ryan, que considerou as supostas novas evidências apresentadas pela defesa incapazes de alterar a sentença original.

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De acordo com o jornal americano CBS News, a defesa havia incluído duas peças como base do pedido: uma carta de 1988 em que Erik relatava ao primo Andy Cano abusos sexuais do pai, José Menendez, e uma declaração do ex-integrante de boy band Roy Rossello, que acusou o patriarca de estupro. Segundo Ryan, os documentos não seriam suficientes para criar “dúvida razoável” nem reforçar a tese de legítima defesa sustentada pelos irmãos desde o início.

Erik e Lyle foram condenados em 1996 à prisão perpétua sem direito a liberdade condicional pelo homicídio de José e Kitty Menendez, mortos a tiros na mansão da família, em Beverly Hills. Em maio de 2024, um juiz reafirmou a pena em 50 anos de prisão perpétua, tornando-os elegíveis para análise de liberdade condicional, que foi negada em agosto pelo conselho estadual.

O procurador público do Condado de Los Angeles, Nathan Hochman, elogiou a decisão judicial e classificou o habeas corpus como “infundado”. “A principal defesa sempre foi a legítima defesa, rejeitada pelo júri e confirmada por cinco tribunais de apelação. As chamadas ‘novas provas’ não mudam nada”, afirmou.

Apesar da derrota no tribunal, os irmãos ainda aguardam a análise de pedidos de clemência encaminhados ao governador da Califórnia, Gavin Newsom. Enquanto isso, continuam cumprindo pena em regime fechado, mais de três décadas após um dos casos criminais mais midiáticos da história dos Estados Unidos.