Justiça condena 14 pessoas por esquema de lavagem de dinheiro que movimentou mais de R$ 508 milhões
O grupo tinha ligação com o PCC, com as Forças de Segurança da Colômbia, e até com cartéis generais mexicanos. A Justiça Federal condenou 14 pessoas envolvidas em um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou mais de R$ 508 milhões, valor vindo do tráfico internacional de drogas. A investigação faz parte de uma Operação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal.
Segundo o órgão, o grupo tinha ligação com o PCC, com as Forças de Segurança da Colômbia, e até com cartéis generais mexicanos. Além disso, parte do dinheiro de um sequestro no Rio de Janeiro também teria passado pela estrutura de lavagem.
Ainda conforme as apurações, a quadrilha operava principalmente em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, e em Foz do Iguaçu, no estado do Paraná. Para ocultar o dinheiro, os criminosos criaram uma rede de empresas de fachada registradas como comércio de alimentos, criação de gado e aluguel de máquinas, que movimentavam milhões de reais sem capacidade real para isso. As investigações também apontam uso de laranjas, operações bancárias fracionadas e até envio de recursos por sistemas paralelos.
O dinheiro ilícito era reinserido na economia por meio da compra de mansões, veículos de luxo e aeronaves, uma delas registrada em nome de uma loja de biquínis usada como fachada.
Conforme o Ministério Público Federal, diante dos crimes, os líderes do esquema, receberam as maiores penas: o total 21 anos de prisão. O núcleo de laranjas também foi condenado a penas entre 10 e 17 anos, e o grupo responsável pela contabilidade clandestina, baseado no Paraná, recebeu penas entre 8 e 10 anos. Além disso, um dos réus, que era policial penal, também perdeu o cargo público.
Além das prisões, todos foram condenados a devolver mais de 508 milhões de reais à União, e todos os bens apreendidos, como imóveis e aeronaves, foram confiscados.
Os réus ainda podem recorrer.
