Itália prende suspeitos de financiar o Hamas sob fachada humanitária

 

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A polícia da Itália prendeu sete pessoas suspeitas de participar do financiamento do Hamas, informaram as autoridades neste sábado. Outras duas pessoas, envolvidas na mesma investigação, são alvo de mandados de prisão internacional e estão fora do país.

Segundo a polícia, a operação também atinge três associações que se apresentavam oficialmente como entidades de apoio ao povo palestino, mas que, na prática, teriam servido de cobertura para o envio de recursos ao Hamas. As informações foram divulgadas em comunicado oficial.

De acordo com os investigadores, os nove suspeitos são acusados de financiar, “num total de cerca de 7 milhões de euros”, associações com sede na Faixa de Gaza, nos territórios palestinos ou em Israel, todas elas “pertencentes, controladas ou ligadas ao Hamas”. Parte dos recursos teria sido destinada a familiares de pessoas envolvidas em atentados terroristas.

Embora o objetivo declarado das associações fosse arrecadar doações “para fins humanitários em favor do povo palestino”, a polícia afirma que mais de 71% dos valores levantados acabaram direcionados diretamente ao Hamas ou a entidades próximas ao movimento.

Entre os presos está Mohammad Hannoun, presidente da Associação dos Palestinos na Itália, segundo a imprensa local. As autoridades avaliam que as três entidades investigadas integram um “projeto estratégico” do Hamas, que mantém uma estrutura internacional complexa, com células atuando no exterior para apoiar os objetivos do grupo.

O ministro do Interior italiano, Matteo Piantedosi, comemorou a operação em publicação na rede X. Segundo ele, a ação foi importante por “retirar o véu de comportamentos e atividades que, sob a aparência de iniciativas em favor da população palestina, escondiam o apoio e a participação em organizações terroristas”.