Israel restringirá entrada de ajuda a Gaza enquanto Hamas não entregar todos os corpos dos reféns

 

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Israel decidiu não reabrir na quarta-feira a passagem fronteiriça de Rafah entre a Faixa de Gaza e o Egito, conforme exigido pelo acordo de cessar-fogo, sancionando o Hamas por "não ter cumprido a sua parte no tratado" de devolver os corpos de todos os reféns mortos por lá. O Estado judaico também reduzirá a quantidade de ajuda humanitária que chega ao enclave como parte das retaliações contra o grupo terrorista. A rota de Rafah estava programada para ser aberta nos próximos dias, como parte da implementação da primeira fase da trégua.

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As medidas foram tomadas após avaliações de autoridades das Forças Armadas israelenses (FDI) de que o Hamas não fez esforços significativos para localizar e entregar os restos mortais, mesmo tendo informações para tal. Na segunda-feira, o grupo terrorista libertou 20 reféns vivos e transferiu os corpos de quatro reféns mortos, com 24 corpos ainda permanecendo em Gaza. Isso gerou acusações de Israel de que o grupo terrorista estava violando seu compromisso com a paz temporária.

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Mais cedo na terça-feira, o Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas endereçou uma carta ao Enviado Especial Steve Witkoff, expressando sua preocupação com o retorno dos reféns falecidos.

"O que temíamos está acontecendo diante dos nossos olhos", afirmou o fórum. E, na sequência, eles instaram o enviado a "fazer tudo o que estiver ao seu alcance e a exigir que o Hamas cumpra sua parte do acordo e traga todos os reféns restantes para casa".

O fórum também anunciou que realizará uma reunião de emergência devido à “violação do acordo assinado e aos temores de que os 25 reféns em cativeiro sejam sacrificados”, apelando a Israel e aos mediadores para que suspendam a implementação do cessar-fogo.

Enquanto isso, equipes designadas pelo Egito — uma das nações mediadoras do armistício — dentro de Gaza trabalham para achar os corpos dos israelenses, segundo reportagem do canal de notícias Al Araby, do Catar. O desafio enfrentado é tamanho, dada a quantidade de escombros no território completamente devastado por mais de dois anos de bombardeios.

De acordo com a reportagem, equipes israelenses estão consultando autoridades egípcias para resolver a questão.

(Com AFP)