Intercontinental: Flamengo enfrentará emergente adversário egípcio com um brasileiro no elenco; conheça o Pyramids
O Flamengo superou o Cruz Azul na estreia da Copa Intercontinental — o chamado Dérbi das Américas — e está a uma partida da decisão do torneio da Fifa. Antes de pensar no Paris Saint-Germain, porém, o rubro-negro terá um novo desafio no Catar, diante do Pyramids. A equipe do Egito será a adversária na Challenger Cup, que acontece no próximo sábado (13), às 14h (horário de Brasília), no mesmo estádio Ahmad bin Ali.
O clube do Cairo é bem jovem, fundado em 2008, mas carrega 17 anos de um projeto ambicioso que já contratou vários brasileiros, como os atacantes Keno e Carlos Eduardo e o meia Rodriguinho, e mantém um dos melhores elencos do futebol local. Em 2019, foi comprado pelo empresário Salem Al-Shamsi, dos Emirados Árabes Unidos, e mantém forte conexão com o país do Oriente Médio.
No início de junho, o Pyramids atingiu seu auge ao conquistar sua primeira Liga dos Campeões da África, em final contra o Mamelodi Sundowns, equipe sul-africana que logo depois participou da Copa do Mundo de Clubes. Os outros títulos foram a Copa do Egito, em 2024, e a Supercopa da África deste ano.
Atacante congolês Fiston Mayele, referência do Pyramids (Egito)
Divulgação/X/Pyramids
Os egípcios deram o pontapé inicial no Intercontinental ao eliminarem o Auckland City (Nova Zelândia) e o Al Ahli (Arábia Saudita), em jogos realizados em junho e setembro, respectivamente, pela chamada Copa África-Ásia-Pacífico.
Artilheiro congolês
O treinador croata Krunoslav Jurcic chegou em 2023 e conhece bem um grupo liderado pelo atacante congolês Fiston Mayele — artilheiro do elenco na atual temporada, com oito gols e uma assistências em 18 jogos — e pelo meia marroquino Walid El Karti.
Brasileiro Ewerton Silva chegou ao Pyramids em julho deste ano
Divulgação/X/Pyramids
Também há um brasileiro no elenco, o atacante amapaense Ewerton Silva. Revelado pelo São Bernardo (SP), o jogador de 28 anos construiu carreira no futebol da Eslováquia e da República Tcheca. Comprado do Baník Ostrava no final de julho, por 2,8 milhões de euros (cerca de R$ 18 milhões de reais), foi a contratação mais cara da janela egípcia. Tem dois gols e uma assistência em 17 jogos.
— O Pyramids tem jogadores excepcionais e um elenco forte. Acredito que eles são capazes de chegar à final se mantiverem o desempenho atual. Não é nada fácil e requer um esforço extra, além de disciplina tática. Mas tudo é possível — analisa o jornalista egípcio Magdy Salama, do Alqaheranews. — O jogo com o Flamengo não será fácil, pois qualquer equipe que chega a essa fase demonstra sua força, mas acredito que a experiência será decisiva.
Vice-líder do campeonato egípcio após 12 jogos, o Pyramids entrou em campo ontem na estreia da Copa da Liga do Egito. Porém, poupou todo o elenco principal, mandou a campo uma equipe formada por jovens e acabou sendo goleado por 6 a 1 pelo National Bank.