IML confirma identidade de vítima de explosão em depósito clandestino de fogos em São Paulo
Os exames periciais realizados pelo Instituto Médico Legal (IML) confirmaram que o corpo encontrado no local da explosão de um depósito clandestino de fogos de artifício, no Tatuapé, Zona Leste de São Paulo, é o de Adir Mariano, de 46 anos. Baloeiro e inquilino do imóvel na rua Francisco Bueno, ele era apontado pela Polícia Civil como a única pessoa dentro da casa no momento do acidente, ocorrido na noite de quinta-feira (13).
Tudo o que se sabe sobre a explosão de depósito clandestino de fogos de artifício em São Paulo
Segundo a advogada de Alessandro de Oliveira Mariano, irmão de Adir, o corpo já foi liberado à família e será cremado em uma cerimônia privada, restrita aos parentes mais próximos. A confirmação coloca fim à principal dúvida do inquérito, que já trabalhava com a hipótese de que Adir fosse a vítima fatal devido à localização dos restos mortais no interior da residência destruída.
A explosão, causada pelo armazenamento irregular de fogos de artifício, destruiu completamente o imóvel onde Adir morava e mantinha o material. O impacto também afetou diversas casas vizinhas, deixando dez pessoas feridas e levando à interdição de 23 residências pela Defesa Civil.
Adir era casado e, segundo o depoimento da esposa, ela não estava no local no momento do acidente. A mulher relatou que, ao chegar do trabalho, decidiu ir ao shopping antes de voltar para casa. Ao retornar, encontrou a residência reduzida a escombros. Ela foi ouvida pela Polícia Civil e teve o celular apreendido como parte das diligências do inquérito. No depoimento, afirmou desconhecer que o marido armazenava explosivos dentro de casa. O imóvel estava alugado em nome da ex-esposa de Alessandro Mariano.
As investigações prosseguem para esclarecer a origem dos fogos, a finalidade do armazenamento e se outras pessoas tinham conhecimento da atividade clandestina conduzida por Adir.
