Ibaneis diz que 'iminente derrota' do Palmeiras reduz chance de Brasília sediar final da Libertadores

 

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O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), declarou nesta sexta-feira que as chances de Brasília sediar a final da Libertadores são menores após o Palmeiras perder por 3 x 0 para o LDU, do Equador, no jogo de ida da semifinal. Com o resultado, o Palmeiras precisa vencer por quatro gols de diferença para garantir a passagem à decisão.

— O presidente da CBF está acompanhando. Mas, com essa iminente derrota do Palmeiras, as nossas chances diminuem — disse ao GLOBO.

Flamenguista, Ibaneis enviou na quarta-feira uma carta a Samir Xaud, presidente da CBF, oferecendo a cidade para sediar a final da Libertadores, em 29 de novembro, no lugar de Lima, no Peru, que vive momento de tensão política e entrou em estado de emergência. Ibaneis colocou o estádio Mané Garrincha, que tem capacidade para 72.851 torcedores, à disposição da Conmebol.

O emedebista disse que a sugestão dele de Brasília ser a sede não significa demérito para as outras cidades da América do Sul.

— Não estou criticando nenhuma das demais só ressaltando as vantagens da nossa cidade.

No documento enviado para a CBF, o governador lembra que a entidade sul-americana confirmou a decisão na capital peruana. Mas afirma que o cenário de "tensão política e de segurança do país" ganhou contornos ainda mais sensíveis com a informação de que, na noite de terça-feira, foi decretado estádio de emergência na cidade por 30 dias, na tentatuva de contar a escalada de violência.

Além disso, Ibaneis diz que o Mané Garrincha "conta com o firme compromisso do Governo do Distrito Federal (GDF) em garantir condições propícias à realização do espetáculo, como a manutenção da qualidade do gramado e o apoio das forças de segurança pública". O governador reforçou também que o Distrito Federal "dispõe de ampla e qualificada rede hoteleira, de infraestrutura urbana e de serviços para recepcionar um evento de tal porte".

O Peru vive clima de instabilidade política depois que o congresso aprovou a destituição da presidente Dina Boluarte, no último dia 10, sob a acusação de "incapacidade moral". O presidente interino, José Jerí, decretou estado de emergência de 30 dias em Lima e na província vizinha de Callao, permitindo que as Forças Armadas atuem nas ruas ao lado da Polícia Nacional — inclusive para conter manifestações. A medida, emitida sob a justificativa de conter o avanço da criminalidade, é o último desdobramento da profunda crise política e social do país andino, que viu oito presidentes em um espaço de dez anos.