Homem que incendiou passageira em trem nos EUA é acusado de terrorismo e pode pegar prisão perpétua
Um homem de 50 anos foi acusado de terrorismo federal após incendiar uma passageira dentro de um trem da Linha Azul de Chicago na noite de segunda-feira (17). A vítima, uma mulher de 26 anos, permanece hospitalizada em estado crítico, com queimaduras graves. O caso mobilizou equipes policiais e do Ministério Público, que acompanham a investigação em conjunto com o Departamento de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos (ATF).
Leia também: Investigação apura envolvimento de meio-irmão em morte de jovem a bordo de cruzeiro nos EUA
O suspeito, Lawrence Reed, foi formalmente acusado pelo Gabinete do Procurador dos Estados Unidos do Distrito Norte de Illinois de “cometer um ataque terrorista contra um sistema de transporte público”. A denúncia inclui gravações de câmeras de segurança, depoimentos de passageiros e vestígios químicos recolhidos no vagão, que teriam permitido rastrear os passos do agressor antes e depois do ataque, conforme relatado pela CNN.
Reconstrução do ataque e premeditação identificada
De acordo com a denúncia federal, Reed entrou no trem pouco depois das 21h, vestindo roupas escuras e carregando uma garrafa plástica. As imagens mostram que ele se aproximou da jovem, que usava o celular, despejou gasolina sobre ela e ateou fogo. A vítima tentou fugir entre vagões, mas o agressor ainda a perseguiu com a garrafa incendiada. A polícia afirma que a rápida ação de duas pessoas na estação Clark and Lake ajudou a controlar as chamas e acionar o resgate, como noticiado pela Associated Press.
Reed foi identificado após investigadores analisarem gravações de estabelecimentos próximos, que o mostram enchendo um recipiente com gasolina cerca de 20 minutos antes do ataque. Ele foi preso na manhã seguinte, ainda com as mesmas roupas e queimaduras visíveis na mão direita. Segundo a ABC News, o suspeito chegou a repetir frases incriminatórias após ser detido e se declarou culpado em voz alta durante sua primeira audiência, levando o juiz a determinar uma avaliação psiquiátrica.
As autoridades afirmam que não havia qualquer relação entre Reed e a vítima, nem houve provocação prévia, contrariando informações iniciais. A ATF reforçou que o ataque reacende discussões sobre episódios de violência no transporte público e os desafios de prevenção em grandes áreas urbanas. A Autoridade de Trânsito de Chicago informou que ampliará medidas de vigilância e presença policial, segundo a ABC News.
A acusação por terrorismo federal pode levar Reed à prisão perpétua, conforme a legislação dos Estados Unidos. A próxima audiência está marcada para esta sexta-feira (21), quando promotores apresentarão mais detalhes sobre seus antecedentes e o resultado da avaliação psiquiátrica. A investigação segue em andamento, enquanto a vítima continua internada sob cuidados intensivos.
