Grupo criminoso que aplicava golpes em idosos com IA fez ao menos 15 mil vítimas

 

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A quadrilha, formada por jovens, praticava estelionatos usando sites falsos e vídeos manipulados com inteligência artificial, os chamados deepfakes, que exibiam autoridades públicas, entre elas o presidente Lula. A Polícia Civil de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul realizam perícia em equipamentos eletrônicos apreendidos em uma operação que investiga um grupo criminoso acusado de aplicar golpes contra idosos em vários estados. A quadrilha, formada por jovens, praticava estelionatos usando sites falsos e vídeos manipulados com inteligência artificial, os chamados deepfakes, que exibiam autoridades públicas, entre elas o presidente Lula. O prejuízo causado às vítimas em todo o país ultrapassa R$ 1,3 milhão.

A operação, conduzida por agentes gaúchos, cumpriu nove mandados de busca e apreensão e determinou o bloqueio de contas bancárias e bens dos investigados em Minas Gerais e São Paulo. As polícias civis dos dois estados deram apoio à ação. Foram apreendidos computadores, celulares, duas motos e anotações.

A investigação começou no Rio Grande do Sul depois que vítimas denunciaram o esquema de estelionato.

Segundo as investigações, em um dos golpes, o grupo enganava vítimas com a promessa de uma indenização do governo. Tudo começava com anúncios pagos em redes sociais que levavam a páginas falsas, parecidas com o site oficial do Governo Federal. Para dar credibilidade, os criminosos usavam os vídeos produzidos com inteligência artificial, mostrando figuras públicas.

As vítimas, muitas delas com mais de 70 anos, eram induzidas a informar o CPF e pagar uma taxa via PIX para liberar um valor que chegaria a quase R$ 6 mil. O dinheiro, no entanto, era desviado para uma empresa de pagamentos controlada pelo grupo.

O esquema era comandado por dois jovens de Conselheiro Lafaiete, na região Central de Minas. Um deles, de 24 anos, dono da empresa de pagamentos, e o outro, de 25, responsável pela parte técnica e pela infraestrutura de anonimato. As investigações também apontam que parte do dinheiro do golpe chegava a um integrante do grupo em São Paulo.