Governo Trump suspende unilateralmente voo com deportação de imigrantes venezuelanos, diz Venezuela

 

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O governo de Nicolás Maduro anunciou na quinta-feira que os Estados Unidos decidiram suspender unilateralmente o voo de deportação de cidadãos venezuelanos que estava programado para sexta-feira.

Apesar dos alertas das autoridades americanas sobre os potenciais riscos de sobrevoar a Venezuela em meio ao destacamento militar de Washington perto da costa, que levou ao cancelamento em massa de voos internacionais de e para Caracas, os voos de deportação dos Estados Unidos para o território venezuelano continuaram regularmente até agora.

"Nesta quinta-feira, recebemos a decisão do governo dos Estados Unidos de suspender unilateralmente o retorno dos cidadãos venezuelanos que estava previsto para 12 de dezembro", anunciou o Ministério do Interior em uma publicação no Instagram.

A mensagem acrescenta que "a suspensão interrompe um processo que estava sendo realizado de forma coordenada e que representava uma maneira de aliviar a situação de cidadãos detidos e perseguidos em território americano".

Em 29 de novembro, o presidente dos EUA, Donald Trump, declarou que o espaço aéreo venezuelano permaneceria "completamente fechado", e o governo venezuelano cancelou os voos de deportação.

O ministro das Relações Exteriores chavista, Yván Gil, explicou em 3 de novembro que Washington "havia suspendido verbalmente a execução desses voos", mas depois os solicitou novamente, o que levou à sua retomada.

A última mensagem divulgada na quinta-feira sobre o voo programado para 12 de dezembro aumenta as dúvidas sobre a tensão entre os Estados Unidos e a Venezuela, dois países que não mantêm relações diplomáticas desde 2019, mas que, mesmo assim, mantêm dois voos semanais de deportação – às quartas e sextas-feiras – desde janeiro.