Governo do DF nega tratamento especial a Bolsonaro após pedido de avaliação médica antes mesmo da decretação da prisão
A Secretaria de Administração Penitenciária do DF negou favorecimento ao ex-presidente Jair Bolsonaro ao pedir uma avaliação médica, no início de novembro, para uma possível ida dele à Papuda em caso de prisão. A pasta foi questionada pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativas do DF, que apontou tratamento prioritário para Bolsonaro e pediu que a administração usasse o mesmo protocolo usado aos mais de 27 mil detentos da capital, que também têm direito à saúde. No documento, a CLDF aponta que há uma série de detentos que nem sequer têm pedidos de avaliação médica respondidos.
Na resposta enviada à Comissão, a Secretaria explicou que o pedido foi antecipado porque o estado de saúde de Bolsonaro é de conhecimento público. Segundo o órgão, a avaliação médica é obrigatória para todos os internos, mas normalmente ocorre apenas quando eles ingressam no sistema prisional. A pasta acrescentou que, quando há informação prévia sobre alguma comorbidade ou fragilidade clínica, providencia rapidamente a avaliação médica e as condições adequadas de custódia, como dieta especial, por exemplo.
Embora o local de cumprimento da pena só seja definido após a análise dos recursos, uma das possibilidades é que Bolsonaro seja encaminhado à Papuda, presídio de segurança máxima no Distrito Federal. Bolsonaro está em prisão domiciliar desde o início de agosto, no processo de coação à investigação.
