Governo consegue adiar votação de requerimentos para convocar Jorge Messias na CPMI do INSS

 

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A oposição quer cobrar o ministro e saber se ele soube antes que havia fraude nos descontos associativos de aposentados e pensionistas – e com isso, desgastar a imagem dele que agora foi indicado ao STF. Testes de fogo ao governo hoje: em um deles, os governistas saíram vitoriosos, mas pelo menos, por ora. O governo conseguiu adiar a votação de requerimentos pra convocar o AGU, Jorge Messias, na CPMI do INSS. A oposição quer cobrar o ministro e saber se ele soube antes que havia fraude nos descontos associativos de aposentados e pensionistas – e com isso, desgastar a imagem dele que agora foi indicado ao STF.

Após acordo entre governo e oposição com presença do presidente do colegiado, Carlos Viana, decidiu votar hoje apenas requerimentos consensuais. Mesmo assim, houve tumulto, bate boca e até parlamentar acusando o outro de ‘falastrão’.

O governo ganhou uma semana de fôlego, mas ainda vai se articular pra tentar transformar a convocação em convite. E cobrar que ministros do governo Bolsonaro também sejam chamados a prestar esclarecimentos.

Outro teste de fogo do governo é a sessão do Congresso que vai analisar vetos de Lula. Os principais são os mais de 60 vetados ao PL do licenciamento ambiental. Nos últimos minutos, governistas ainda tentam enfrentar a bancada ruralista e impedir a derrubada, mas o clima no Congresso não é nada bom, ainda mais agora com irritação de Jorge Messias com o governo após a indicação de Jorge Messias ao STF.

A expectativa é que grande parte dos vetos seja derrubado. Por isso, o Planalto divulgou uma nota ainda ontem defendendo os vetos feitos.

O governo fez um acordo com parlamentares da oposição para derrubar alguns vetos do Propag - Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados. A decisão atende a um pedido formal feito pelo governador de Minas Gerais, Romeu Zema. O anúncio foi feito ainda ontem pelo líder do governo no senado, Randolfe Rodrigues. Segundo ele, o acordo vai beneficiar Minas com o alongamento do prazo para pagar a dívida com a União. Mesmo assim, governistas criticaram o governador mineiro ao dizer que ele nunca participou das negociações pela derrubada dos vetos.