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Fazia sete anos que Giovanna Lancellotti estava afastada das novelas — desde “Segundo sol” (2018), em que interpretou a esnobe Rochelle. Mas 2025 chegou, e com ele a proposta de encarar uma personagem reluzente em “Dona de mim”.

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— Confesso que morri de medo desse retorno... Estava acostumada a fazer projetos mais curtos. E agora posso dizer que essa foi uma das novelas mais legais que já fiz. Não só pela personagem, muito maravilhosa, mas também pela equipe, muito parceira e respeitosa. Não tive nenhum problema. Claro que, ao longo de um ano, acontece de você ficar meio irritada, coisas normais de trabalho. Mas, no geral, foi tudo tão leve, tão gostoso! Rosane Svartman (autora) e Allan Fiterman (diretor artístico) são realmente a dupla dos sonhos, como meus colegas de profissão me falavam — elogia, fazendo um balanço.

Giovanna Lancellotti com a placa da homenagem que recebeu no Prêmio Empoderadas 2025

Fagner Soares/Divulgação

Nesta quarta-feira (10), Kamila — ou simplesmente Kami, para os já íntimos telespectadores da novela das sete da TV Globo — rendeu à atriz uma homenagem no Prêmio Empoderadas 2025, no Copacabana Palace.

— Foi bonito ver o público se apegando à minha personagem aos poucos. Ela começou sendo chamada de talarica; e nem era, porque avisou à amiga (Leo, interpretada por Clara Moneke) antes de se envolver com o ex dela, Marlon (Humberto Morais). Rolou ali uma resistência das pessoas, que me deixou meio insegura. Mas foram se apegando e passaram a defendê-la, até ela se tornar querida. Isso me deixou muito feliz, principalmente pela pauta importantíssima que Kami abordou. A gente furou a bolha do audiovisual e fez um trabalho social — orgulha-se Giovanna.

Cenas pós-estupro de Kami, em "Dona de mim", impactaram os telespectadores da novela

Reprodução/Rede Globo

Kami foi abraçada de vez pelos telespectadores ao sofrer um estupro, em plena luz do dia, numa das tramas mais comentadas de “Dona de mim”, que chega ao fim no dia 9 de janeiro.

— Essa sequência foi, com certeza, a mais difícil da minha carreira. Quando li, tive um baque. E foi pouco tempo para me preparar. (A violência sexual) é o maior medo de todas nós, mulheres, independentemente de idade ou classe social. Kami era uma menina solar e se apagou. Ninguém esperava algo assim ser abordado numa novela das sete. Mas tem que ser mesmo, porque acontece todos os dias, em qualquer horário — ressalta a paulista de 32 anos, muito elogiada pela interpretação em cenas de tamanho sofrimento.

Como em seus sonhos, Kami (Giovanna Lancellotti) subirá ao altar com Ryan (L7nnon) nas cenas finais de "Dona de mim"

Reprodução/TV Globo

Gravando os últimos capítulos da novela, Giovanna se mostra animada com o final reservado a Kami. Assim como aconteceu com a atriz em junho, que se casou com Gabriel David, sua personagem também terá um final feliz ao subir no altar com Ryan (L7nnon).

— Eles merecem, né? Eu torcia muito por esse casal... — celebra ela, escondendo outros detalhes: — Preciso me segurar para não contar por aí, de tanto que amei. Me surpreendeu mesmo!

O que é o Prêmio Empoderadas 2025?

“O Empoderadas é uma iniciativa do Governo do Estado do Rio de Janeiro, por meio da secretaria de Desenvolvimento Social e dos Direitos Humanos, que homenageia personalidades que atuam no combate à violência contra a mulher e, principalmente, que fortalecem o empoderamento feminino”, explicou Giovanna num vídeo divulgado em suas redes sociais, a caminho de receber a honraria.

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No Copacabana Palace, com a placa da homenagem em mãos, ela discursou:

“Eu aprendi que o meu trabalho vai, muitas vezes, para além da ficção. Como aconteceu, desta vez, com a Kami. A arte tem o poder de tocar, de mobilizar, de acender luzes onde às vezes é só silêncio. Dar nome ao que as pessoas muitas vezes não sabem nomear. Que a gente consiga, juntas, seguir construindo uma sociedade mais justa, mais humana, mais respeitosa para todos. Eu fico muito feliz de poder contribuir um pouquinho com isso”.

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