Genro de Trump, sobrevivente do Hamas e mais: saiba quem estará na reunião sobre cessar-fogo em Gaza

 

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O primeiro passo a ser negociado serão os detalhes técnicos para a libertação dos 48 reféns, sendo 20 vivos e 28 mortos. Nesta segunda-feira (6), diversos representantes do Hamas, de Israel, além de outros países, participarão de conversas no Egito para debater a proposta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, visando acabar com a guerra na Faixa de Gaza.

A delegação israelense chegou ao Cairo na noite de domingo e uma porta-voz do governo Netanyahu confirmou que as tratativas começarão nesta segunda-feira.

O primeiro passo a ser negociado serão os detalhes técnicos para a libertação dos 48 reféns, sendo 20 vivos e 28 mortos.

A proposta americana já foi aceita por Israel, e o Hamas anunciou que concorda em libertar todos os reféns de uma vez, mas fez exigências sobre os demais termos.

Quem participa do encontro?

Jared Kushner, cunhado e conselheiro do presidente Donald Trump, e enviado especial dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff.

WIN MCNAMEE / GETTY IMAGES AMÉRICA DO NORTE / Getty Images via AFP

As negociações serão mediadas pelo Egito. Por parte dos Estados Unidos, a presença será do enviado especial americano para conflitos no Oriente Médio, Steve Witkoff. Junto dele, participará o genro de Trump, Jared Kushner, um conselheiro informal sênior da Casa Branca.

Kushner ficou marcado já por comentários polêmicos sobre Gaza, sendo um dos responsáveis da ideia da riviera na região.

O Hamas informou que sua delegação é liderada por Khalil al-Hayya, chefe da equipe de negociação do grupo, que foi alvo de uma tentativa de assassinato por Israel no Catar no mês passado.

Já Israel terá a presença do ministro de Assuntos Estratégicos, Ron Dermer, que está a frente dos debates sobre a libertação dos reféns desde o início do ano.

Trump pressiona Hamas

Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

BRENDAN SMIALOWSKI / AFP

A guerra entre Israel e o Hamas já deixou mais de 67 mil mortos do lado palestino e mais de 900 soldados israelenses mortos, além das mil e duzentas vítimas do dia do ataque terrorista.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou neste domingo (5) que espera finalizar rapidamente a logística para uma primeira fase da proposta e a soltura dos reféns.

O presidente Donald Trump disse que as negociações para o acordo de paz estão avançando rapidamente e que a primeira fase do plano deve ser concluída esta semana. O líder americano sinalizou que deve aceitar poucas mudanças propostas pelo Hamas.

No final de semana, o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, disse que não cumprirá nenhum termo do acordo de Donald Trump antes que todos os reféns israelenses cruzem a fronteira de Gaza para Israel.

Na sexta-feira, assim que o Hamas aceitou libertar os reféns, o presidente Donald Trump pediu que Israel interrompesse imediatamente os bombardeios, mas os ataques continuaram ao longo do fim de semana e nesta madrugada, matando dezenas de palestinos.

Uma porta-voz do governo israelense disse que não há cessar-fogo em vigor neste momento; apenas uma pausa temporária em certos bombardeios.

No domingo (5), houve protestos em Tel Aviv pela libertação dos reféns. Parentes dos sequestrados montaram uma tenda em frente à casa do primeiro-ministro Benjamin Netahyahu em Jerusalém.

Uma equipe da embaixada do Brasil em Israel deve fazer nesta segunda-feira (6) uma segunda visita consular aos brasileiros presos pela Marinha israelense. O grupo está numa prisão perto da fronteira com o Egito e quatro membros da delegação estão em greve de fome.

Na semana passada, o governo israelense informou que os mais de 400 ativistas presos na flotilha seriam deportados a partir de hoje.