
Gêmeo digital cognitivo pode ajudar a tratar saúde mental usando os smartwatches

Você usaria uma versão digital de si mesmo para cuidar da sua mente? A tecnologia dos gêmeos digitais cognitivos promete transformar essa ideia em realidade. Alimentados por dados coletados em smartwatches e outros dispositivos inteligentes, esses modelos virtuais podem monitorar emoções, prever crises de ansiedade e até sugerir treinos personalizados para o cérebro, marcando uma nova era na prevenção e tratamento da saúde mental. Startup de IA cria gêmeo digital que trabalha sem parar e está sempre disponível Confiança na IA generativa aumenta, mesmo com as vulnerabilidades de segurança O que é um gêmeo digital cognitivo? Um gêmeo digital é uma réplica virtual de um sistema real, seja uma máquina, um órgão ou até mesmo o corpo humano, que simula seu comportamento com base em dados coletados em tempo real. No caso da saúde cognitiva, isso significa criar um modelo virtual do cérebro e das funções mentais de uma pessoa, alimentado por informações do seu dia a dia. Esses dados podem vir de diversas fontes, especialmente dos dispositivos inteligentes que já usamos, como smartwatches, rastreadores de sono e monitores de atividade física. Ao reunir informações sobre frequência cardíaca, qualidade do sono, níveis de estresse e até padrões de comportamento, a inteligência artificial é capaz de construir um perfil digital que aprende e evolui com o usuário. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- Como a IA usa dados do smartwatch para cuidar da mente Gêmeo digital cognitivo pode ajudar a tratar saúde mental usando os smartwatches (Imagem: Freepik) A inteligência artificial (IA) atua como o “cérebro” por trás do gêmeo digital cognitivo. Ela interpreta continuamente as informações coletadas, identifica mudanças sutis e antecipa possíveis problemas antes que se tornem sérios. Por exemplo, se o smartwatch detectar alterações constantes no sono ou aumento do batimento cardíaco em momentos de repouso, o gêmeo digital pode interpretar esses sinais como possíveis indícios de ansiedade, estresse ou início de depressão. A partir disso, ele pode sugerir atividades personalizadas, como exercícios de respiração, ajustes de rotina ou até treinos cognitivos específicos para fortalecer a memória e a atenção. Medicina personalizada e preventiva Ao contrário dos tradicionais aplicativos de “jogos cerebrais”, o gêmeo digital cognitivo oferece um ecossistema dinâmico e científico. Ele se adapta ao comportamento e às necessidades de cada pessoa, permitindo uma medicina personalizada e preventiva, acompanhada por profissionais de saúde. Essa tecnologia relacionada ao gêmeo digital cognitivo e o auxílio à saúde mental pelos smartwatches já está sendo desenvolvida por pesquisadores de universidades como Duke, Columbia e Nebrija, em parceria com empresas de neurociência como a CogniFit. O objetivo é prever o declínio cognitivo, propor intervenções precoces e, no futuro, até testar tratamentos de forma segura em versões digitais dos pacientes. Leia também: 8 dicas de especialistas para incluir a inteligência artificial na sua rotina Sam Altman diz que vagas eliminadas pela IA talvez nem sejam trabalho de verdade VÍDEO | Todo mundo ODEIA a Inteligência Artificial Leia a matéria no Canaltech.