Game Pass, PS Plus e outros: qual serviço trouxe mais custo-benefício em 2025?
Se você joga e paga algum serviço de assinatura no seu videogame, com certeza o ano de 2025 pesou um pouco mais no bolso. Aumentos expressivos de preço, uma entrega menor de recursos e mudanças bruscas abalaram a todos nestes últimos 12 meses. Melhores serviços por assinatura para gamers 6 dicas para limpar o seu console e começar 2026 brilhando A grande questão virou “ainda vale a pena pagar por eles?”. Não adianta nem negar que esta dúvida passou na sua cabeça, já que Sony, Microsoft, NVIDIA e Nintendo não hesitaram em cobrar valores cada vez maiores para que você continue a se divertir com seus jogos e funções. Mas qual serviço realmente entregou custo-benefício em 2025 nos consoles de mesa e nos PCs? O Canaltech colocou tudo na ponta do lápis para te ajudar a decidir o que manter em 2026 -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- PS Plus não é de todo ruim Muitos criticaram os aumentos que a Sony apresentou para a PS Plus em 2025, sem qualquer mudança positiva para os jogadores. Apenas mantiveram seus serviços e o usuário que se virasse para pagar mais pelo que oferecem. A PS Plus aumentou, mas os serviços não melhoraram em contrapartida (Imagem: Divulgação/Sony) A remoção frequente de jogos exclusivos do catálogo, servidores com problemas e a ausência de ofertas como a PS Plus Premium (que traz títulos do PS3 e reproduz algumas aventuras em nuvem no PlayStation Portal) são os que mais geram reclamações entre o público e com razão. No entanto, apesar dos pesares, o serviço oferecido no PS4 e PS5 não é de todo ruim. Basta ver que, apenas de games grátis, os assinantes receberam 39 experiências com um valor total de R$ 7.825,79 no ano de 2025. Apenas neste aspecto já representaria 11 vezes o valor da PS Plus Deluxe (o plano mais caro). Isso sem contar o catálogo disponível, acesso ao multiplayer online e outras facilidades. Neste quesito, a companhia entregou uma média de R$ 200 por jogo oferecido, assim como sucessos como Alan Wake 2, Diablo IV e Lies of P ao longo de 2025. Teve um Esquadrão Suicida: Mate a Liga da Justiça aqui, um Alone in the Dark ali, mas o saldo foi “positivo”. A pretensão não é discutir se ele se paga, até porque muitos resgatam as experiências e sequer jogam uma parcela destas. No entanto, ao se observar o custo-benefício geral, a Sony não deixa pedra sobre pedra ao mostrar que o seu dinheiro terá retorno de algum modo. Isso sem mencionar o grandioso catálogo da PS Plus Extra e Deluxe, que são compostos por centenas de jogos. Enquanto a Extra traz títulos de PS4 e PS5, o plano Deluxe vai além e permite aos jogadores acessarem games retrô — lançados no PS1, PS2 e PSP. Jogos como Dino Crisis estão disponíveis apenas na PS Plus Deluxe (Imagem: Divulgação/Capcom) Isso compensa? Mais do que imagina. Se compra um PS5 hoje, terá com a assinatura aventuras como Marvel’s Spider-Man Remastered, The Last of Us Part 2, Cyberpunk 2077, Silent Hill 2, God of War Ragnarök e centenas de outros que te custam uma pequena fortuna logo de cara. São experiências básicas da plataforma, que permite a qualquer jogador se divertir com as melhores aventuras presentes no console de mesa. É isto que se deve ter em mente ao assinar e pagar para a Sony, já que a oferta deles é justamente reunir os maiores e mais populares títulos por ali. Com tudo isso debatido, ainda há algumas ressalvas. Nem todos os planos de assinatura que eles oferecem compensam. O que traz o melhor custo-benefício é a PS Plus Extra — que tem preços de R$ 65,90 mensal; R$ 186,90 trimestral e R$ 592,90 anual. Quase R$ 600 dói bastante no bolso, mas não tanto quanto os quase R$ 700 da PS Plus Deluxe — cujos atrativos são demonstrações de jogos e os títulos retrô. Além do conceito de pagar por demo ser um absurdo completo, as aventuras do PS1, PS2 e PSP rodam em qualquer PC hoje, via emuladores. A assinatura do PS Plus Extra vale a pena, mas o Deluxe é bom passar longe (Imagem: Divulgação/Sony) Se você tem um PS5, este é o caminho que lhe dará o melhor retorno financeiro. Porém, se você tem um PS4, fique alerta: a partir de 2026, a plataforma não fornecerá mais experiências compatíveis com o console (além de alguns games desligarem os servidores do console antigo). As camadas do Xbox Game Pass O serviço da Microsoft sofreu um grande baque em 2025: aumentos que chegaram à margem de 100% e mudanças estruturais que são consideradas anticonsumidores. Resultado, agora você paga mais por recursos menores — em teoria. Muitos somam apenas o montante, veem os jogos disponíveis e dizem que “não compensa”. Em alguns casos, de fato não vale a pena. Porém, ainda que tenha preços mais altos, algumas categorias podem permitir que se divirta com um certo grau de qualidade. O Xbox Game Pass Essential não é uma delas. Você paga R$ 43,90 por um catálogo reduzido e sem acesso a muitos recursos que realmente fazem a diferença dentro do serviço. O pacote é apenas um plano básico, feito para quem deseja ter apenas o multiplayer online e alguns títulos. Deste modo, o Xbox Game Pass Premium sai por R$ 59,90 e além de acrescentar centenas de jogos para os usuários, você terá acesso a muitos benefícios que podem acrescentar à experiência nos consoles da Microsoft. Ele não é perfeito, mas oferece o melhor custo-benefício dos 3 disponíveis. O Xbox Game Pass Premium se mostra a melhor opção de todos os pacotes (Imagem: Divulgação/Microsoft) Já o Xbox Game Pass Ultimate é uma opção para quem quer mergulhar por completo nos títulos “Day One”, jogar em nuvem com velocidade superior e ter acesso aos catálogos da Electronic Arts e Ubisoft. É o que chamamos de “versão definitiva”, o que inclui o valor de uma. Com ele você paga R$ 119,90 mensais, que pode doer e muito na economia dos jogadores. Ele traz muitos benefícios, mas seu valor é equivalente e vai sair bastante do orçamento das pessoas. Não discutiremos se é “bom” ou “ruim”, mas ele entrega tudo o que oferece com qualidade. E por qual razão definimos o Xbox Game Pass Premium como melhor? Se você não ligar tanto assim para os “Day One”, esse é o que menos abrirá um rombo em sua carteira e trará alegria. Centenas de jogos, ofertas, experiências em nuvem (com qualidade média) e multiplayer online são a chave do sucesso. A falta dos lançamentos simultâneos pesa, não adianta negar que ficar “de fora” quando a galera jogar Halo: Campaign Evolved, Forza Horizon 6 e o próximo Call of Duty vai doer. Pois vai. Porém, se é para pagar o dobro do valor para jogar apenas 1 ou 2 deles, compensa mais assinar o econômico e comprá-los separadamente. Além disso, temos a ausência de jogos grátis (que existiam na falecida Xbox Live Gold). Ao contrário da PS Plus, o Xbox Game Pass não oferece mais obras aos seus assinantes de forma vitalícia com frequência — o que reduz parte do “valor agregado”. Apesar disso, o seu catálogo é riquíssimo, considerado o mais completo de todos. Nintendo Switch Online é legal Na contramão da Sony e da Microsoft, a Big N oferece o Nintendo Switch Online para os donos de seus consoles híbridos. Porém, eles não dão jogos grátis ou um catálogo de lançamentos atuais. A companhia segue o caminho de oferecer suas experiências retrô na plataforma. Ou seja, ao invés de ter títulos que circulam mensalmente, há emuladores do NES, Super Nintendo e Game Boy para todos os assinantes se divertirem com os clássicos. E não todos eles, vale mencionar que tem muita coisa divertida ausente neste serviço. A facilidade são os preços baixos, que permitem aos usuários não ter uma dor tão grande no bolso para ter acesso a eles. Além disso, quem paga também pode jogar o modo multiplayer online de seus games, tem mais opções de personalização no perfil e acesso a testes exclusivos. Tudo isso é muito legal pelo valor anual de R$ 120 no plano individual. O Pacote de Expansão, que inclui emuladores do Nintendo 64, GameCube (exclusivo no Switch 2), Game Boy Advance e outros; assim como DLCs de vários de seus jogos, possui o preço de R$ 299 por ano para cada usuário. O NSO traz diversão com jogos antigos (Imagem: Divulgação/Nintendo) No entanto, é aí que mora o grande trunfo do serviço. Também são disponibilizados planos familiares, para até 8 pessoas compartilharem todos os recursos disponíveis na plataforma. Seu preço é maior, de R$ 469 anuais, mas na divisão isso representa cerca de R$ 58 por pessoa. Nem precisa fazer os cálculos para ver que esse valor está abaixo até do plano anual individual que a Nintendo vende. Ele traz o melhor custo-benefício de longe, pois permite ter acesso a tudo que eles entregam pelo menor valor possível — o que é muito vantajoso, diga-se de passagem. Não dá para usar como desculpa nem o fato de “não ter amigos” ou não conhecer tantas pessoas assim para dividir a conta. A comunidade Nintendo nas redes sociais é bem unida (neste aspecto) e muitas pessoas se ajudam para que todos possam curtir da melhor forma os serviços oferecidos. De forma direta e reta, o Nintendo Switch Online tem um grande apelo para 2 tipos de pessoas: para quem deseja jogar o multiplayer em títulos como Mario Kart World e Splatoon 3 e para quem tem um fraco pela nostalgia e deseja reviver seus bons momentos com conforto e sem ter de recorrer à pirataria. É possível baixar no seu PC ou console portátil emuladores e rodar todos eles para suprir esta vontade? Sim. Até mesmo no smartphone, a quem queremos enganar? No entanto, pelo valor — principalmente do plano familiar —- a Big N traz um custo-benefício bem difícil de ser ignorado. Qual é o melhor custo-benefício nos consoles em 2025? De todas as propostas analisadas, é certo afirmar que poderia existir um “empate” entre a PS Plus Extra e o Xbox Game Pass Premium. Ambos têm valores similares e uma proximidade muito grande com o que é oferecido aos fãs. No entanto, o serviço da Microsoft se sai melhor em comodidade e em relação ao que entregam. Além de ter um serviço melhor, em modo geral, vale lembrar que as mudanças que ele sofreu trouxeram uma vantagem: a possibilidade de jogar em nuvem. Isso significa ter seu catálogo e games adquiridos acessíveis em quase qualquer dispositivo, como smartphones, PCs, Smart TVs e até carros. Enquanto isso, a Sony trava o recurso entre seus próprios dispositivos em um plano que sequer está disponível no Brasil. Não tem como defender. É levemente mais caro, mas traz opções que são impossíveis de não serem levadas em consideração. E com qualidade nos servidores, com suporte, mais chances de aparecerem experiências de qualidade e com apps disponíveis em várias plataformas e dispositivos que já integram seu ecossistema. Exceto pelo Nintendo Switch Online, todos os serviços vistos nos consoles pesam no bolso. Porém, apenas o da Microsoft traz tantas garantias e facilita em tudo o que oferece — sem ficar tão atrás em conteúdo, mesmo com os games grátis ausentes. Em 2025, este é o serviço que consideramos apresentar o melhor custo-benefício nos consoles de mesa. Melhor custo-benefício nos PCs Nos PCs a conversa já muda para as facilidades entregues. Neste ecossistema, há dois grandes serviços que disputam os jogadores de forma agressiva no mercado de jogos eletrônicos: Xbox Game Pass e o GeForce NOW. Enquanto a Microsoft tem presentes o PC Game Pass e o Xbox Game Pass Ultimate para este público, a NVIDIA traz diversas portas para o público através do GeForce NOW. E, mesmo conhecida por seus valores altos, não são tão distantes assim do que a concorrência apresenta. O GeForce NOW é conhecido por ser mais caro, mas é tanto assim? (Imagem: Divulgação/NVIDIA) Por R$ 65,99, os usuários já têm acesso a vários jogos em resolução 1440p no GeForce NOW Performance, com apoio da tecnologia DLSS e recursos extras para aprimorar a sua experiência. Isso com salvamento em nuvem, acesso em diversos dispositivos via nuvem e integração total com lojas como Steam e GOG. O que isso quer dizer? Que, além dos títulos disponíveis no serviço, muitos dos que você já adquiriu e estão na sua biblioteca também podem ser jogados onde quiser e como quiser — algo que a Microsoft também arranha com o Xbox Game Pass, que segue com acréscimos significativos. Além disso, é importante reforçar que o GeForce NOW apenas reproduz os jogos via streaming. Nenhum deles fará o download no seu PC para rodar de forma local, ou seja, independentemente da sua máquina conseguirá se divertir (contanto que sua internet esteja estável). Já os planos do Xbox Game Pass e PC Game Pass permitem aos usuários fazer o download — o que é uma faca de dois gumes. Se não tem um computador potente para rodar alguns deles, ficará apenas na vontade de curtir o serviço e estará com uma grande limitação. No PC Game Pass, você terá de fazer o download dos jogos para aproveitar (Imagem: Divulgação/Microsoft) Dito isso, as opções do PC Game Pass e do GeForce NOW trazem vantagens que variam da sua prioridade. Se tem um PC com um bom desempenho e vai começar a jogar agora, o recomendável é que apele para o serviço oferecido pela Microsoft. Se joga há muito tempo e quer expandir as opções ou se não tem condições financeiras para investir em um computador que tenha uma performance de excelência, seguir a oferta da NVIDIA pode ser um caminho melhor para você. Ambas trazem ainda mais com o Game Pass Ultimate e o GeForce NOW Pro e Ultra (isso sem mencionar as opções Ultimate da plataforma). Enquanto o Game Pass traz mais jogos e recursos, a concorrente só altera a qualidade de entrega — com resoluções maiores, mais FPS e uso de mais GPUs virtuais. E qual trouxe o maior custo-benefício? Neste caso, depende totalmente de você. Se queria apenas jogar, sem se preocupar com desempenho ou gastar uma pequena fortuna em um PC potente, a melhor opção foi o GeForce NOW Performance. É possível até comprar títulos de outras plataformas e jogar através dele, já que tem uma vasta compatibilidade. No entanto, se queria apenas uma biblioteca imensa e o desempenho do seu computador não é uma preocupação, o PC Game Pass teve mais chances de cumprir aquilo que tanto deseja com um valor adequado. O importante é que, por preços similares, você terá qualidade e vantagens em ambos. Leia também no Canaltech: 10 melhores jogos lançados em 2025 Avô do Game Pass, SEGA Channel tem acervo de jogos recuperados; veja Prepare o bolso: montar computador ficará 8% mais caro e mais difícil em 2026 Leia a matéria no Canaltech.
