Fortes chuvas causam estragos em delegacia especializada de Santa Catarina; atendimentos são transferidos

 

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A Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso de Chapecó (DPCAMI), no Centro, foi atingida pelas fortes chuvas na tarde de segunda-feira (8) em Santa Catarina, ocasionando a suspensão temporária do funcionamento e do atendimento na unidade. Segundo a Polícia Civil do estado, que divulgou sobre o caso em um comunicado, houve em danos na parte da rede elétrica vinculada ao computador central e no teto de algumas das salas da especializada.

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Imagens de um laudo da Defesa Civil, que enviou equipes ao local ainda na segunda-feira, é possível ver água acumulada no chão dos cômodos, mesmo com baldes espalhados sob goteiras que saem do teto. O documento atesta que é necessária a "interdição imediata e total da edificação". Segundo o órgão, há risco de eletrocussão, de incêndio e de colapso do forro, isto pelo acúmulo de água na estrutura.

A suspensão de todas as operações na delegacia foi "visando manter a segurança da população e dos servidores", e ainda não há previsão de retomada do funcionamento, mantendo a suspensão, "até a reparação do dano, pois poderia acarretar incidentes elétricos", informou a Polícia Civil no comunicado.

Quem precisar de atendimento na DPCAMI de Chapecó deve se dirigir à Central de Plantão Policial, no bairro Passo dos Fortes (Rua Pequim, 79), na cidade. Todos os serviços foram redirecionados para a unidade.

Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso de Chapecó (DPCAMI) teve operações suspensas por conta das fortes chuvas, que inundaram a unidade, em Santa Catarina

Reprodução / Defesa Civil de Chapecó

A corporação destaca que "não haverá interrupção, suspensão ou qualquer prejuízo no atendimento às mulheres, crianças, adolescentes e idosos que necessitarem da especialização da Polícia Civil", afirmou em comunicado.

Segundo a PCSC, há ordem de serviço assinada com a empresa MANUTEC Montagem e Empreendimentos Ltda, para reparo total da cobertura da DPCAMI Chapecó. A assinatura foi feita na última segunda-feira (8), dia das fortes chuvas, e a empresa tem o prazo legal de até três dias para iniciar as obras.

Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso de Chapecó (DPCAMI) teve operações suspensas por conta das fortes chuvas, que inundaram a unidade, em Santa Catarina

Reprodução / Defesa Civil de Chapecó

Ciclone extratropical

A Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil (SDC/SC) informou que a aproximação de um ciclone extratropical provoca temporais, chuva intensa e rajadas de vento entre segunda (8) e quarta-feira (10). O órgão classifica como moderado a alto o risco para alagamentos, enxurradas e destelhamentos em diversas regiões.

Os temporais ganharam força a partir da tarde de segunda-feira, sobretudo no Grande Oeste, Alto Vale do Itajaí e Planaltos, com possibilidade de granizo. No Litoral, a circulação marítima aumenta a nebulosidade e deixa o mar agitado. As temperaturas seguem elevadas, variando entre 27°C e 31°C na maior parte do estado.

Com o ciclone avançando em direção a Santa Catarina nesta terça (9), a instabilidade se intensifica. A chuva persiste e pode ser intensa em curtos períodos, especialmente no Litoral e em áreas serranas próximas, onde o risco para alagamentos e enxurradas é considerado alto. As rajadas de vento podem chegar a 70 km/h.

Na quarta-feira (10), embora o ciclone comece a se afastar para alto mar, o vento aumenta e pode atingir entre 60 e 80 km/h na maior parte do estado, chegando a 100 km/h em áreas costeiras e serranas. O mar também fica muito agitado, com risco de ressaca e ondas entre 3 e 3,5 metros, com picos de até 4 metros no Litoral Sul.

A quinta-feira (11) deve seguir sem chuva, mas ainda com mar agitado. Na sexta (12), um novo sistema de baixa pressão pode provocar novos temporais.

De acordo com meteorologistas da Defesa Civil e da Epagri/Ciram, o ciclone é considerado atípico por se desenvolver em um período mais quente e muito próximo da costa, entre Santa Catarina e o Rio Grande do Sul. Também apresenta pressão atmosférica mais baixa do que o usual e deslocamento lento, fatores que aumentam seus impactos.

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