Fluminense tem Canobbio como trunfo para reverter a desvantagem contra o Vasco na semifinal da Copa do Brasil
Um dos fatores que pesaram na derrota de virada do Fluminense por 2 a 1 para o Vasco, anteontem, pelo jogo de ida da semifinal da Copa do Brasil, foi a questão física. O time de Luis Zubeldía terminou o primeiro tempo à frente do placar, mas perdeu intensidade na virada do intervalo e sentiu emocionalmente a reação do adversário
Quem pode ajudar a recuperar o fôlego da equipe para reverter a desvantagem no jogo de volta é Canobbio, que deu lugar a Soteldo por cumprir suspensão pelo terceiro cartão amarelo. O venezuelano, inclusive, precisou sair no início do segundo tempo com dores na região do quadril e é dúvida para o duelo de amanhã.
Conhecido por correr até a última gota de suor, Canobbio já mostrou que sabe fazer o trabalho pesado quando necessário. Prova disso é que o uruguaio desempenha papel importante em duas fases do jogo em que o time deixou a desejar no clássico: pressão na saída de bola adversária e recomposição defensiva. Não à toa, foi, no Campeonato Brasileiro deste ano, o líder da equipe em desarmes — média de 1,9 por jogo — ao lado do lateral-esquerdo Renê.
Canobbio marcou o gol do Fluminense no Maracanã
MARCELO GONÇALVES / FLUMINENSE F.C.
— Junto com Lucho Acosta, o Canobbio é o melhor jogador do Fluminense na era Zubeldía. Ele muda o patamar da equipe, sem sombra de dúvidas. Tem ótima leitura para marcar a saída de bola, sabe o momento de acionar a pressão, demonstra grande dedicação tática ao acompanhar o lateral até o fim e ainda possui capacidade física para fazer tudo isso sem deixar de atacar muito bem — destaca Rodrigo Coutinho, comentarista do Grupo Globo.
Ano mais artilheiro
Entre os méritos de Zubeldía até aqui, a marcação em linha alta vem dando resultado, mas o Flu deu sinais de que faltou perna para aguentar o ritmo durante os 90 minutos. Nem mesmo a entrada de um jogador mais físico no meio, como Hércules no lugar de Nonato, aos 27 minutos da etapa final, conseguiu fazer com que o time renovasse as energias.
Além de entregar fisicamente, Canobbio pode deixar sua contribuição na hora de balançar as redes. Ele vive sua temporada mais artilheira — 13 gols até aqui — e subiu de produção com o treinador argentino. Apesar disso, o Fluminense ainda sente a falta de um “homem-gol” para decidir jogos grandes, uma vez que Everaldo atua como centroavante, mas tem dificuldade justamente na finalização.
