Filipe Luís exalta ambição de Arrascaeta e explica vitória do Flamengo sobre Cruz Azul: 'Grande momento físico'

 

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O Flamengo está na semifinal da Copa Intercontinental. Com dois gols de Arrascaeta, venceu o Cruz Azul por 2 a 1 e faturou o chamado Dérbi das Américas no Catar. Para o treinador Filipe Luís, o resultado passou diretamente pelos ajustes feitos no segundo tempo.

— Dois times com uma proposta muito parecida. Eles arriscaram mais, ao ponto de nos dar um gol, pelo risco excessivo que correram na saída de bola. Mas isso também fez com que rompessem nossa pressão algumas vezes. A partir do gol, nosso time deu um passo para trás na pressão. No momento de ter a bola, escaparam domínios e bolas simples. Isso fazia com que cada perda de posse fossem dois ou três minutos correndo atrás. Isso matou nossos jogadores de ataque — reconheceu o treinador em coletiva. —No segundo tempo, alguns ajustes e a equipe se sentiu melhor. Nos encontramos no terreno onde nos sentimos confortáveis. Dominamos o jogo, chegamos mais fácil na área do adversário, fizemos eles correrem atrás da bola. Isso facilitou todo o processo.

Filipe voltou a exaltar Arrascaeta, que chegou a 25 gols no ano, e disse que a ambição apresentada pelo camisa 10 tem contaminado o elenco de maneira positiva nesta temporada.

— É simples, mérito único e total dele. Um cara super concentrado, focado e muito ambicioso. Sempre foi. Esse ano, a equipe toda seguiu a ambição dele. Talvez seja o jogador mais ambicioso que eu tenha no elenco. Quer conquistar, ganhar, continuar fazendo história. Cobra de todos, do clube, da comissão e dos companheiros. Eu tenho apenas a sorte de ter vivido o melhor ano da carreira dele.

No próximo sábado, o Flamengo encara o Pyramids, do Egito. Quem vencer, faz a final contra o Paris Saint-Germain. O treinador fez sua análise sobre a parte física da equipe nesta reta final de temporada e projetou o jogo do fim de semana, falando que sacrifícios podem ser necessários.

— A gente poderia falar de cansaço físico se o time caísse no segundo tempo, mas foi o contrário. O time correu muito. Jogadores como o Bruno Henrique, com 35 anos, continuando a atacar espaço, pressionando até o fim do jogo. Como falei, vejo que nosso time está em um grande momento físico.

— Alguns jogadores podem não fazer uma recuperação completa, mas o sacrifício tem que ser feito. Vamos escolher os jogadores que a gente acredita que estão em melhores condições para poder vencer o Pyramids. Não tenho duvida, como está na semifinal é um time qualificado. E se ganhou do Al-Ahli, que é uma grande equipe do futebol árabe, não tenho duvida que vai ser muito complicado. Mas o desafio é o que vínhamos passando pela temporada, estamos muito acostumados a ter dois dias para preparar o jogo e nosso adversário uma semana cheia.

Filipe também explicou a volta de Léo Ortiz, que não jogava desde o fim de outubro, e reforçou sua confiança nos zagueiros do elenco.

— Minha decisão para hoje foi porque o Ortiz está recuperado. Jogou a temporada praticamente inteira, mais de 50 jogos, nível seleção brasileira. Ele, Léo Pereira, junto com os laterais e o Danilo foram a defesa menos vazada de todas as competições. Acreditava que era um jogo que o Léo Ortiz merecia jogar. Está bem, voltou de lesão, recuperou. Mas o bom é que eu tenho o Danilo preparado para se precisar entrar e se precisar jogar o próximo jogo está à disposição.