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Filipe Luís foi bicampeão da Libertadores pelo Flamengo, em 2019 e 2022, mas também amargou o vice-campeonato em 2021, contra o mesmo Palmeiras que é adversário amanhã, na nova decisão, em Lima (Peru), às 18h (de Brasília). Na coletiva prévia à partida, o agora treinador deixou isso para trás e disse se tratar de "momentos diferentes".

— São finais diferentes, momentos diferentes. Claro que está gravado na cabeça do torcedor aquela derrota. Quando dois entram no campo em uma final, só um sai vencedor. Daquele grupo, são muitos jogadores novos, o treinador é outro no Flamengo. Os jogadores do Palmeiras também muitos são novos, ficaram poucos remanescentes. Como eu falei, são momentos diferentes. Temos que aproveitar e desfrutar, porque estar em mais uma final de Libertadores é especial — disse.

Na hora de projetar o enfrentamento entre os dois principais times do país na última década, o ex-lateral-esquerdo chamou atenção para o "jogo de detalhes" que deve se desenhar no Estádio Monumental, e evitou adiantar os detalhes.

— O que o Palmeiras vai fazer eu não sei, é uma coisa deles. O que tento passar para os meus jogadores é todas as possibilidades, dar o caminho certo. Nós conhecemos muito o Palmeiras e o Palmeiras conhece muito o Flamengo, porque são duas equipes com identidade. O Palmeiras tem um treinador que já está há cinco anos, tem uma forma de jogar muito clara e, por mais que existam detalhes micro que possam se alterar por conta do plano de jogo, o Palmeiras é o Palmeiras que todos sabem e conhecem. Não vai fugir muito sua forma de jogar, da mesma forma o Flamengo. Vai ser um jogo de detalhes — projetou.

Filipe se aposentou no final de 2023 e teve ascensão meteórica como técnico, passando pelo sub-17 e o sub-20 do rubro-negro antes de assumir a equipe principal, em setembro de 2024. A mais de um ano no cargo, ele se disse muito orgulho e que ainda quer conquistar muito mais.

— O que estou vivendo no Flamengo é um orgulho e um privilégio. Cresci vendo jogos do Flamengo, vivi momentos que o clube não estava bem. Mas hoje o Flamengo se reestruturou de uma forma que nos permite viver a luta por títulos. Não garante ganhar, mas sim lutar por todo o poder econômico e organização. Pela ambição de não parar de crescer. E fazer parte disso é um orgulho muito grande. Nunca fui um cara que quis ganhar e parar. Nunca perdi a ambição, sempre quis mais. E o Flamengo está me dando essa oportunidade que sou muito agradecido. Farei o melhor possível para ajudar os jogadores a desfrutar dessa final e que, com isso, deem alegria à nossa torcida — garantiu.

— O futebol é assim: rápido. Acredito muito em mim e no que eu faço, na ambição que eu tenho. Por isso que não olho para trás, só para frente. Eu quero mais. É muito difícil chegar a uma final, foi muito difícil para Flamengo e Palmeiras estar nessa final. Valorizamos muito estar aqui e por isso queremos muito conquistar o título que é tão difícil de conquistar. Mas a minha ambição não para. Quero só olhar para frente para continuar conquistando coisas — finalizou Filipe Luís.

"Não nos deve nada"

Jogador escolhido para dar a coletiva ao lado do treinador, Léo Pereira garantiu estar confortável sobre a dupla de zaga que for escolhida para jogar com ele amanhã — Léo Ortiz ou Danilo — e garantiu que o adversário da final não deve nada pela final de quatro anos atrás. Segundo o defensor, o grupo está "leve e confiante".

— O Palmeiras não nos deve nada. Nós devemos a nós mesmos. Ao que a gente vem plantando desde o início da temporada, quando colocamos metas individuais e coletivas, objetivos claros de chegar em finais e ganhar títulos. Primeiro, a gente deve para nós mesmos. O grupo está muito leve e confiante. Nossa consistência durante a temporada fala muito sobre o clima que está entre nós, jogadores, e comissão. Então, é entrar amanhã tranquilo, com ansiedade, claro, mas sabendo o que a gente veio fazer aqui.

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