Feminicídio: militar do Exército é encontrada carbonizada em quartel, no Distrito Federal

 

Fonte:


Uma militar do Exército foi encontrada carbonizada na tarde da última sexta-feira dentro de uma edificação do 1º Regimento de Cavalaria de Guardas (RCG), no Setor Militar Urbano, região do Cruzeiro, no Distrito Federal. A vítima é a cabo Maria de Lourdes Freire Matos, de 25 anos, e o suspeito é o soldado Kelvin Barros a Silva, de 21, que confessou o crime.

Conforme o delegado da Polícia Civil Paulo Noritika, em depoimento, o suspeito afirmou que teve um relacionamento com a vítima e que eles tiveram uma discussão no dia, porque a militar queria que ele terminasse com a namorada.

— Ela teria sacado sua arma de fogo. Ele teria segurado a pistola enquanto ela tentava alimentá-la com munição. Conseguiu alcançar a faca militar dela na cintura com a outra mão e a golpeado uma vez atingido profundamente o pescoço, sendo o corpo da vítima encontrado com a arma branca no local da lesão — explicou em vídeo publicado em rede social.

Noritika explicou que, ainda segundo o suspeito, ele em seguida jogou álcool no local e ateou fogo, deixando o corpo da mulher carbonizado. Maria de Lourdes era saxofonista e estava no Exército há cinco meses.

O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal informou que foi acionado às 16h06 para combater um incêndio no local. Durante o resfriamento dos materiais queimados, os socorristas localizaram o corpo carbonizado.

Em nota, o Exército afirmou que foi instaurado um Inquérito Policial Militar (IPM) para esclarecer as circunstâncias do incêndio e do assassinato da militar. Kelvin Barros está preso no Batalhão de Polícia do Exército de Brasília. Conforme a Força, ele deve ser excluído do Exército.

"O Exército Brasileiro presta total apoio à família e lamenta profundamente a perda da Cabo Maria de Lourdes Freire Matos e reitera a sua posição de não coadunar com atos criminosos e punir com rigor os responsáveis", pontuou.