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Família tenta repatriar arquiteta brasileira presa no Camboja há seis meses

Os parentes acionaram o Itamaraty para auxiliar na libertação e no retorno de Daniela ao Brasil. A família da arquiteta Daniela Oliveira, de 35 anos, tenta repatriar a brasileira que está presa em uma penitenciária do Camboja, no Sudeste Asiático há seis meses. Os parentes acionaram o Itamaraty para auxiliar na libertação e retorno da mulher ao Brasil. A família também fez um perfil no Instagram com informações e pedidos de ajuda para o resgate da brasileira.
A profissional é mais uma vítima do tráfico humano, de acordo os parentes. Daniela, formada em arquitetura pela UFMG em 2014, recebeu uma proposta para trabalhar como atendente de telemarketing no Camboja, em janeiro. Além de salário, a proposta dizia que ela receberia alimentação e moradia. Entretanto, ao chegar ao país asiático, Daniela descobriu que seria obrigada a trabalhar em uma central telefônica especializada em aplicação de golpes.
A arquiteta, então, se recusou a participar do esquema e foi falsamente denunciada pelos próprios empregadores por tráfico de drogas. Em contato com a família em março, ela disse que os responsáveis pela empresa colocaram entorpecentes no quarto dela. Mesmo alegando inocência, Daniela foi presa. A família diz que ela está em uma cela superlotada, em condições insalubres.
Antes de descobrir a real situação da arquiteta, a família foi contatada pelos golpistas, que se fingindo passar por ela, afirmaram que a empresa não era o que ela esperava e pedindo dinheiro para comprar uma passagem de volta para o Brasil. Mesmo desconfiando da forma como as mensagens foram escritas, com diversos erros de Português, os familiares enviaram R$ 27 mil para a conta da bancária de Daniela. O dinheiro foi resgatado pelos golpistas, que interromperam as comunicações.
Por meio de nota, o Ministério das Relações Exteriores disse que tem ciência e presta toda a assistência consular possível aos brasileiros vítimas do tráfico de pessoas no Sudeste Asiático, além de atuar de forma proativa em iniciativas de prevenção.