Ex-deputado do PT, esfaqueado e morto por próprio filho, é velado nesta sexta (7) em SP

 

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Frateschi foi esfaqueado pelo próprio filho na manhã desta quinta-feira (6) durante uma discussão em casa, no bairro da Lapa, Zona Oeste da capital. Ele tinha 75 anos. O ex-deputado estadual Paulo Frateschi será velado na manhã de hoje na Assembleia Legislativa de São Paulo, na zona sul da capital paulista. A cerimônia será aberta ao público a partir das 8h.

O sepultamento acontece à tarde no Cemitério Memorial Parque Jaraguá.

Frateschi foi esfaqueado pelo próprio filho na manhã desta quinta-feira durante uma discussão em casa, no bairro da Lapa, Zona Oeste da capital. Ele tinha 75 anos.

De acordo com a Polícia Militar, o filho dele, Francisco Frateschi, estava em surto.

Francisco foi sedado e levado ao Hospital das Clínicas. Ele ainda será ouvido pela polícia.

A esposa de Paulo Frateschi, Yolanda Viana, tentou intervir e ficou ferida.

A filha de Paulo também ficou ferida na mão. Ela passou por atendimento médico e depois prestou depoimento.

Paulo Frateschi foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores e presidiu a legenda em São Paulo. Ele foi preso e torturado durante a ditadura militar.

O ex-deputado tinha perdido dois filhos, que morreram em acidentes de carro. Um foi Pedro, morto em 2002, quando tinha sete anos. Outro foi Júlio, de 16 anos, em 2003.

Nas redes sociais, o presidente Lula afirmou que a morte o deixou de coração partido. Ele disse que perdeu um grande e leal companheiro e relembrou a perseguição sofrida por Frateschi durante a ditadura. Lula também manifestou solidariedade à família.

O PT lamentou o caso e afirmou que o ex-deputado deixa um legado marcado por luta pela justiça e pela inclusão, e uma lacuna irreparável entre amigos, familiares, companheiras e companheiros de luta.

A bancada do partido na Assembleia Legislativa de São Paulo manifestou solidariedade e profundo pesar.

A morte também foi lamentada por outros colegas de partido, como o ex-ministro José Dirceu, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho.