Ex-delegado executado pelo PCC enfrentou chefões do crime organizado e virou alvo da facção; entenda

 

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Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado-geral de São Paulo executado na noite de segunda-feira (15) em Praia Grande, foi responsável por revelar a organização, a estrutura hierárquica e a dimensão do PCC pouco tempo depois que a facção surgiu nos presídios paulistas. É dele também os inquéritos policiais que resultaram nas principais condenações de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder da organização criminosa. A equipe de Fontes indiciou todos os líderes do PCC no início dos anos 2000 por formação de quadrilha. Passou a ser tratado como o inimigo número 1 da facção, sendo alvo de planos de execução descobertos pelas autoridades.

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Fontes foi delegado-geral de São Paulo entre 2019 e 2022. Comandou divisões como Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), Departamento Estadual de Investigações sobre Entorpecentes (Denarc) e Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), além de dirigir o Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap).

O ex-delegado-geral foi executado a tiros enquanto dirigia um carro em Praia Grande. Imagens do crime mostram seu carro sendo perseguido e colidindo com um ônibus. Na sequência, homens descem de outro veículo e atiram contra o automóvel da vítima.

O ataque ocorreu na avenida Doutor Roberto de Almeida Vinhas, na Vila Caiçara, por volta das 18h20, segundo a Polícia Militar.

Equipes da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) e o DHPP foram deslocadas para o litoral.