Ex-Botafogo e com carreira no universo do futebol: Quem é advogada suspeita de chefiar golpe em jogadores e técnicos
A advogada Joana Costa Prado de Oliveira é apontada pela Polícia Federal como responsável por um esquema de saques fraudulentos de FGTS que teria desviado cerca de R$ 7 milhões de jogadores de futebol, ex-atletas e treinadores. Entre as vítimas estão Paolo Guerrero, Ramires, Christian Cueva, Raniel, João Rojas, Titi, Obina, Falcão, Donatti e Felipão.
Com formação jurídica e atuação voltada ao universo do futebol, Joana trabalhou por 12 anos no Botafogo, onde chegou a ser diretora jurídica do clube. Ela começou a trabalhar no clube carioca em 2003. Antes disso, a advogada ocupou cargos de credibilidade como o de auditora do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio.
Conceituada no meio esportivo, Joana aproveitou o período no ambiente esportivo para se aproximar de jogadores e técnicos. Segundo o g1, as investigações mostram que, em alguns casos, ela obteve procurações de atletas, mas em outros, há suspeita de que os documentos tenham sido falsificados e que ela nunca teve autorização para representá-los.
Atualmente, Joana integra a Comissão de Direito Desportivo da OAB-RJ. No entanto, ela foi suspensa de exercer a advocacia pelo Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-RJ, em setembro deste ano quando o caso veio à tona pela primeira vez.
As denúncias começaram no início deste ano. Em janeiro, ela foi alvo de busca e apreensão da Polícia Federal na operação que investiga saques fraudulentos no Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS) de atletas profissionais de futebol. Na ocasião, seu telefone celular foi apreendido.
Entenda o caso
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira, a 3ª fase da Operação Fake Agents, no Rio de Janeiro, para investigar um esquema de saques fraudulentos de FGTS que teria desviado cerca de R$ 7 milhões de jogadores de futebol, ex-atletas e treinadores.
A corporação também afirma que há indícios de irregularidades no FGTS do ex-técnico da seleção, Felipão. Conforme a PF, o grupo era chefiado pela advogada Joana Costa Prado Oliveira, que usava contatos em agências da Caixa Econômica Federal para liberar valores indevidos.
A Operação Fake Agents evoluiu em três fases: a primeira surgiu após a descoberta de uma fraude milionária no FGTS do jogador peruano Paolo Guerrero; na segunda, as investigações apontaram que o esquema era comandado por uma advogada, responsável por falsificar documentos e articular os golpes; e, na terceira fase, deflagrada nesta quinta, a PF passou a mirar funcionários da Caixa Econômica Federal no Rio de Janeiro, suspeitos de facilitar os saques fraudulentos de outros jogadores, ex-atletas e treinadores.
A investigação começou após um banco privado denunciar uma conta aberta com documentos falsos em nome de Paolo Guerrero, que teve R$ 2,2 milhões desviados por meio de solicitações fraudulentas ao Fundo de Garantia.
