Equador restringe passagens de fronteira com Colômbia e Peru por 'razões de segurança nacional'
O governo do Equador restringiu, a partir desta quarta-feira (24), a circulação em suas fronteiras com a Colômbia e o Peru, mantendo abertos apenas dois postos internacionais por “razões de segurança nacional”, segundo comunicado oficial divulgado nas redes sociais.
De acordo com a nota, permanecerão em funcionamento apenas os postos de Rumichaca, na fronteira com a Colômbia, e de Huaquillas, na divisa com o Peru — considerados as principais portas comerciais do país com seus vizinhos. As demais passagens legais foram temporariamente fechadas, sem prazo informado para reabertura.
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Situado entre os maiores produtores mundiais de cocaína, o Equador compartilha cerca de 600 quilômetros de fronteira com a Colômbia, ao norte, e aproximadamente 1.500 quilômetros com o Peru, ao sul, regiões marcadas por extensas áreas de selva, rios e difícil fiscalização.
As fronteiras equatorianas são consideradas altamente permeáveis e contam com inúmeros acessos ilegais, frequentemente utilizados para o contrabando de drogas, armas e explosivos, segundo autoridades locais.
O governo informou ainda que a decisão foi comunicada previamente às autoridades da Colômbia e do Peru, e que os dois postos autorizados serão, por ora, os únicos canais oficiais de trânsito entre os países.
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O Equador enfrenta uma ofensiva contra grupos criminosos ligados ao narcotráfico e a cartéis internacionais. A disputa violenta entre essas facções transformou o país em um dos mais violentos da América Latina.
Segundo dados do Observatório Equatoriano de Crime Organizado, o país deve encerrar o ano com a maior taxa de homicídios da região, estimada em 52 mortes por 100 mil habitantes.
