Entenda por que a ginástica será a modalidade que receberá mais dinheiro do COB em 2026
A Confederação Brasileira de Ginástica será a entidade olímpica do país que mais receberá recursos provenientes da Lei Agnelo/Piva, oriundos das apostas nas Loterias Caixa e por meio do Comitê Olímpico do Brasil (COB). A entidade receberá R$ 16,5 milhões. O vôlei e o judô completam o "pódio", com R$ 14,1 milhões e R$ 12,7 milhões, respectivamente.
Ao todo, 37 confederações vão ser contempladas, com um investimento total de R$ 285 milhões — e há R$ 9,6 milhões como fundo para investimento em novos ingressos. O valor é R$ 20 milhões a mais em comparação ao distribuído na última temporada, recorde até então.
Para definir a distribuição, o COB levou em consideração critérios esportivos e de gestão. O planejamento contempla, por exemplo, treinamento das equipes, contratação de treinadores, participação em competições nacionais e internacionais, aquisição de equipamentos e materiais esportivos, dentre outros quesitos. Resultados em Jogos Olímpicos, Campeonatos Mundiais e Jogos Pan-Americanos têm peso na decisão.
A ginástica brasileira vive um bom momento. Além dos resultados esportivos de destaque, é o esporte com potencial de medalhas no ciclo olímpico atual.
E 2025, no Mundial realizado no Rio de Janeiro, o conjunto de ginástica rítmica do Brasil alcançou duas medalhas de prata inéditas. A melhor campanha, até então, tinha sido um quinto lugar. Na série mista (3 bolas e 2 arcos), a apresentação foi ao som de "Evidências".
Por causa deste resultado, a seleção brasileira de conjunto de Ginástica Rítmica conquistou o prêmio da categoria Equipe do Ano no Prêmio Brasil Olímpico.
Já a ginástica artística ainda vê a esteira da boa campanha em Paris-2024. Flávia Saraiva chegou à final na trave no Mundial de 2025, conquistando a 4ª colocação, seu melhor resultado em grandes eventos nesse aparelho. O Brasil contou com algumas jovens na seleção.
Em 2026, o Brasil será sede dos Campeonatos Pan-Americanos Adulto e Juvenil de Ginástica Artística, Ginástica Rítmica e Ginástica Aeróbica, além dos Sul-Americanos de Ginástica Acrobática, Ginástica de Trampolim e Parkour.
A previsão de orçamento do COB para 2026 é de R$ 678.600 milhões. A entidade pretende investir, além do repasse de R$ 285 milhões das loterias, mais R$ 24 milhões entre Programa Olímpico de Patrocínio (POP) e programas de suporte diretamente nas Confederações, num total de R$ 309 milhões (que representam um aumento de 17% em relação ao aprovado no orçamento do ano anterior).
Além disso, o COB ainda vai aplicar mais R$ 76 milhões nos programas de Preparação Olímpica, Preparação Pan-americana, de Transição e Base, Suporte a Jovens Atletas, Mulher no Esporte, Bases Internacionais e Projetos Especiais.
Veja valores:
Ginástica - R$ 16,5 milhões
Vôlei - R$ 14,1 milhões
Judô - R$ 12,7 milhões
Desportos Aquáticos - R$ 11,7 milhões
Canoagem - R$ 11,5 milhões
Surfe - R$ 11,3 milhões
Skate - R$ 11,3 milhões
Hipismo - R$ 10,5 milhões
Boxe - R$ 10,1 milhões
Atletismo - R$ 10,1 milhões
Tênis de mesa - R$ 8,7 milhões
Vela - R$ 8,4 milhões
Taekwondo - R$ 8,1 milhões
Tiro com arco - R$ 7,8 milhões
Ciclismo - R$ 7,6 milhões
Tênis - R$ 7,2 milhões
Levantamento de peso - R$ 7,1 milhões
Rugby - R$ 7 milhões
Triatlhon - R$ 6,7 milhões
Wrestling - R$ 6,6 milhões
Desportos no gelo 0 R$ 6,3 milhões
Tiro esportivo - R$ 6,2 milhões
Basquete - R$ 6,1 milhões
Remo - R$ 6,1 milhões
Badminton - R$ 5,8 milhões
Handebol - R$ 5,8 milhões
Pentatlo moderno - R$ 5,7 milhões
Esgrima - R$ 5,6 milhões
Desportos na neve - R$ 5,6 milhões
Golfe - R$ 5,4 milhões
Escalada esportiva - R$ 5,3 milhões
Hóquei sobre a grama e indoor - R$ 5,1 milhões
Beisebol/Softbol - R$ 1,92 milhão
Críquete - R$ 1,92 milhão
Futebol Americano (Flag Football) - R$ 1,92 milhão
Lacrosse - R$ 1,92 milhão
Squash - R$ 1,92 milhão
Fundo 5 novas confederações - R$ 9,6 milhões
*Total - R$ 285 milhões
