Entenda as últimas dúvidas da seleção que Ancelotti pode tirar nos amistosos contra Senegal e Tunísia

 

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A partir desta terça, com a chegada do quarteto de jogadores de Flamengo, Palmeiras e Cruzeiro, a seleção brasileira estará completa em Londres. Se quiser levar à frente o objetivo de já ter o grupo da Copa completo na próxima data Fifa, em março, o italiano terá apenas mais oito dias e dois amistosos (contra Senegal, no sábado; e Tunísia, daqui a uma semana) para fazer novas observações e aprimorar o trabalho. Um tempo curto dada a quantidade de dúvidas ainda pendentes. Entenda abaixo:

Vagas restantes no gol

A começar pelo gol. Considerado nome certo na próxima Copa, Alisson segue fora em razão de uma lesão. Com isso, os amistosos contra Senegal e Tunísia ganharam ares de prova final pelas duas vagas restantes.

Ederson terá sua primeira oportunidade na Era Ancelotti. Número 2 do gol nos últimos anos, ele está há quase 12 meses sem ser convocado devido a uma sequência de lesões e período sem jogar por clubes. Agora que finalmente engatou sequência no Fenerbahçe, sua nova casa, retorna para recuperar espaço.

Ederson (à frente) terá sua primeira oportunidade na seleção sob o comando de Ancelotti

Rafael Ribeiro / CBF

Além dele, Bento (Al-Nassr), John (Nottinham Forest) e Hugo Souza (Corinthians) também estão nesta corrida. O último foi cortado por contusão e seguirá tendo a atuação na derrota para o Japão como última impressão deixada.

Se repetir a estratégia da última data Fifa, quando Alisson também estava lesionado, a comissão técnica utilizará um goleiro em cada jogo. A tendência seria então que Ederson e Bento ganhem chances. Boas atuações podem praticamente acabar com as dúvidas.

Disputa aberta nas laterais

Se, no gol, a disputa é por vagas de reservas, nas laterais a briga está ainda mais aberta. É justamente o setor que deve concentrar a maior atenção de Ancelotti nos próximos dias.

Na direita, o italiano segue sem Vanderson, que ainda não se recuperou da lesão sofrida no início de outubro. O lateral do Monaco verá de longe Wesley e Paulo Henrique terem mais uma chance de mostrar serviço. Titular na Roma, o primeiro tem grandes chances de ser titular. Já o jogador do Vasco, que agradou na última convocação, espera por uma nova oportunidade para se firmar como uma sombra aos dois.

Luciano Juba é uma das novidades do grupo de convocados por Carlo Ancelotti para a seleção brasileira

Rafael Ribeiro / CBF

á, na esquerda, Ancelotti volta a contar com Alex Sandro, quem ele acredita ser o melhor brasileiro da posição quando está em plenas condições físicas. Só que o histórico de lesões do lateral rubro-negro obriga o técnico a ampliar o leque para ter opções. Douglas Santos, do Zenit, agradou nas últimas convocações e parece estar na frente na disputa pela outra vaga. Só que está lesionado neste momento. Embora Caio Henrique vá para sua terceira convocação seguida, a inclusão de Luciano Juba, do Bahia, mostra que o técnico ainda quer observar mais jogadores.

No meio e na frente, poucas dúvidas

Na zaga, Ancelotti parece já ter os quatro nomes bem definidos: Marquinhos, Gabriel Magalhães, Militão e Alexsandro Ribeiro. No entanto, ele ainda faz testes para decidir quem será o quinto convocado (caso se confirme a manutenção da lista de 26 nomes na Copa). Por isso, os amistosos podem valer muito para Fabrício Bruno e Danilo.

Situação parecida ocorre do meio para a frente, onde o italiano já vem desenhando um esboço de time titular, mas ainda tem dúvidas sobre os suplentes. A convocação de Fabinho pela primeira vez neste ciclo mostra uma preocupação em ter um volante com o mesmo perfil de proteção à zaga que Casemiro, o que deixa claro que Andrey é visto como opção a Bruno Guimarães.

Volante Fabinho volta à seleção brasileira depois de três anos

Rafael Ribeiro / CBF

Na frente, onde já se pode dizer que quase todas as vagas estão preenchidas, Vitor Roque chega como uma espécie de último teste. O atacante vive grande fase no Palmeiras e pode ir bem na posição já ocupada por Matheus Cunha e João Pedro.

Richarlison (à direita) pode ter sua última oportunidade na seleção antes da Copa 2026

Rafael Ribeiro / CBF

Além disso, os amistosos servirão como chance derradeira para Richarlison. O atacante do Tottenham não tem ido bem na seleção, mas Ancelotti justificou a insistência nele na necessidade de ter ao menos um camisa 9 clássico no grupo.