Em pronunciamento de Natal, Lula defende fim da escala 6x1 e diz que PF seguirá enfrentando facções
No tradicional pronunciamento na noite de Natal, o presidente Lula defendeu o fim da escala 6x1, sem redução de salário, disse não ser justo que uma pessoa seja obrigada a trabalhar duro durante seis dias, e que vai seguir combatendo privilégio de poucos para garantir direito de muitos.
O projeto é uma das prioridades do governo para 2026 e foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado na última semana antes do recesso parlamentar, mas ainda precisa passar pelo plenário do Senado e da Câmara.
Lula ainda aproveitou a fala para mandar um recado: disse que o combate às facções chegou "pela primeira vez ao andar de cima" e que "nenhum "dinheiro ou influência vai impedir a Polícia Federal de ir adiante". Criticado pelas recentes falas na área de segurança, disse saber que o crime e a violência são os dois grandes desafios do país, mas enalteceu a operação da PF no combate à lavagem de dinheiro do Comando Vermelho.
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O presidente aproveitou o discurso para defender o combate à violência contra a mulher, repetiu que vai liderar um esforço envolvendo ministérios, instituições e toda a sociedade brasileira, e que os homens precisam fazer um compromisso de pôr fim ao ciclo da violência.
Durante quase sete minutos, em que aparece com uma árvore de Natal ao fundo e com uma gravata vermelha, Lula ainda destacou que ao longo do ano enfrentou o desafio inédito do tarifaço imposto pelos Estados Unidos contra produtos brasileiros, mas disse que o país mostrou que é do diálogo, da fraternidade, apostou na democracia e na diplomacia para proteger empresas e evitar demissões com a negociação.
Lula disse que a soberania e a democracia venceram e que 500 novos mercados foram abertos aos produtos brasileiros. E frisou que o Brasil voltou a ser respeitado e admirado pelo mundo. Ele ainda citou o recorde histórico de 9 milhões de turistas estrangeiros que visitaram o país, mencionou a COP30 em Belém ao dizer que o evento foi um sucesso, realizado no "coração da Amazônia" e que consolidou o Brasil como uma liderança global no tema.
O chefe do Executivo ainda destacou as principais conquistas do governo ao longo de 2025, como a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, disse que o país encerra o ano com a menor taxa de desemprego da história, com a maior renda média dos trabalhadores e a menor inflação acumulada. Disse que neste ano 2 milhões de pessoas deixaram o Bolsa Família, porque melhoraram de renda. E citou o programa que deixa a CNH até 80% mais barata e acessível para quem está tirando carteira pela primeira vez.
