Em meio a alta de casos de violência contra mulher, diversas cidades registram atos contra feminicídio neste domingo

 

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Diversas cidades do país registram atos contra o feminicídio neste domingo (7), organizados pelo movimento nacional Mulheres Vivas, após os casos recentes de violência contra a mulher e a alta de mortes de mulheres no Brasil nos últimos anos.

Epidemia secular: feminicídios explodem no Brasil, reflexo da estrutura violenta da sociedade

Neste domingo, ocorrem atos em Curitiba (PR), Brasília (DF) e Belo Horizonte (MG), que tiveram início pela manhã, e de tarde estão previstos atos na Avenida Paulista, em São Paulo, na Praia de Copacabana, no Rio, em Fortaleza, Recife, Teresina, Manaus, Boa Vista, entre outras cidades.

Em Belo Horizonte, a manifestação começou por volta das 11h, na Praça Raul Soares, e se estendeu em uma marcha até a Praça da Estação. Nos cartazes, homens, mulheres e crianças seguravam cartazes com frases como "basta de feminicídio" e "pare de matar as mulheres".

Em Curitiba, o protesto teve início às 10h no Largo da Ordem, e os participantes entoavam o coro "Mulheres Vivas", com cartazes denunciando a impunidade de agressores de mulheres e pedindo por Justiça. Os atos foram mobilizados por movimentos sociais e coletivos feministas, e foi divulgado durante a semana também por artistas.

Nos atos que estão sendo realizados em diversas regiões do país, as mulheres seguram cartazes denunciando todas as formas de violência contra a mulher e o aumento no número de casos de feminicídio. Em 2024, o Brasil bateu recorde de feminicídios desde 2015, quando o crime foi tipificado por lei sancionada pela ex-presidente Dilma Rousseff: 1.492 casos. Somente em São Paulo houve 53 feminicídios em 2025, o maior número da série histórica. Já no estado de São Paulo, os feminicídios aumentaram 10% desde janeiro.

Nas últimas duas semanas, quase que diariamente, uma série de crimes contra mulheres chocou os brasileiros. Em Florianópolis, uma jovem de 21 anos foi estuprada e estrangulada quando se dirigia para uma aula de natação. Em Jaborandi, na Bahia, outra, de 27 anos, foi arrancada do banho e assassinada a tiros pelo ex-namorado.

Na Zona Norte do Rio, um servidor público matou a tiros uma professora e uma psicóloga no Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet), no Maracanã. Em São Paulo, uma mulher foi morta na pastelaria onde trabalhava pelo ex-marido, e uma jovem foi atropelada e, ainda presa no veículo, arrastada pela rua. Ela teve as pernas amputadas e foi internada em estado grave. O suspeito do crime, segundo a família da vítima, teve um breve relacionamento com ela.