Em dia de decisões emocionantes, vôlei define campeões do Intercolegial

 

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As finais do vôlei do Intercolegial 2025, neste sábado (22), foram marcadas por muita emoção. Ralis, bolas salvas no último momento e muita garra foram os ingredientes vistos em quadra. Ao todo, oito jogos foram disputados, com decisões de primeiro e terceiro lugares no pódio. A competição é realizada pelo jornal O GLOBO, com apresentação do Sesc-RJ e apoio da Caixa.

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O primeiro jogo, entre as equipes do sub-15 feminino dos colégios Geo Doutor Sócrates e Garriga de Menezes, de Jacarepaguá, começou às 9h. A equipe da Zona Sudoeste carioca se sagrou campeã vencendo a partida por 2 sets a 0. Com experiência em duas edições do Intercolegial, a levantadora e capitã da equipe, Maria Eduarda de Moraes, foi um dos destaques, comandando a equipe que esteve à frente do placar do início ao fim. Ela destacou que o esporte a ajuda nos momentos de altos e baixos por contar com amigas que formam uma rede de apoio.

— Ganhei pela segunda vez. Foi incrível. Eu gosto muito de jogar no Inter. Eu gosto muito de jogar com as minhas amigas, mesmo nos altos e baixos, é muito incrível. Quero levar isso para a minha vida — contou.

Na final masculina da mesma categoria, os alunos do Geo Venerando conquistaram a medalha de ouro após derrotarem também por 2 sets a 0 a equipe do Garriga. Nesta edição, o time garantiu o bicampeonato da categoria.

Carlos Lamonica, de 15 anos, ponteiro e oposto, lembrou que esta foi a terceira vez que participou do Intercolegial no vôlei — e em todas subiu ao pódio: uma vez com bronze e duas com ouro.

— É a terceira vez no pódio também. É gratificante, porque a gente espera o ano todo pelo Inter. É a competição do final do ano, e a gente encerra a nossa jornada pelo Geo agora no 9º ano da melhor forma: como bicampeões.

Já o outro ponteiro da equipe, Lucas Samuel, fez questão de destacar que o resultado foi marcado pela superação, já que o grupo precisou treinar para a competição sem um treinador oficial:

— Estou muito feliz, porque estamos sem treinador. Não treinamos muito, como os outros clubes, mas conseguimos ver que, sem treinador ou com treinador, somos bons do mesmo jeito. Eu participei só do ano passado, quando fomos campeões também mas não pude jogar tanto, porque havia atletas melhores. Este ano foi a minha oportunidade.

No terceiro jogo da rodada, a disputa pelo terceiro lugar entre Geo Doutor Sócrates e Geo Juan Antonio Saramanch, pelo sub-15 masculino, foi marcada por viradas e equilíbrio, com o placar sempre apertado. Os alunos do Saramanch venceram por 2 a 1, após saírem atrás no primeiro set.

As alunas do Pedro II e do Loide Santa Martha, pelo sub-18 feminino, entraram em quadra de olho no lugar mais alto do pódio. Após oscilar na partida e chegar a ficar parte do segundo set atrás no placar, as estudantes da escola federal levaram a melhor. O destaque foi a ponteira Nina Adrioli, responsável por virar praticamente todas as bolas quando acionada, em um jogo de pouquíssimos erros individuais.

— Foi uma evolução, porque em 2023 a gente ficou com bronze, ano passado foi prata e esse ano a gente ganhou. Em nenhum momento eu achei que a gente ia perder, porque, baseada também no primeiro set e em tudo o que a gente treinou, eu sabia que estávamos com energia e potencial para ganhar, e a gente conseguiu voltar para o jogo — celebrou Nina.

Entre os alunos sub-18, os colégios Suzano da Costa e Luz do Saber disputaram a medalha de bronze. A equipe do Luz do Saber venceu por 2 a 0, sem sustos.

Um jogo emocionante marcou a disputa entre as equipes femininas do Luz do Saber e Santa Therezinha, de São Gonçalo, pelo terceiro lugar. A equipe do Leste Fluminense venceu o primeiro set, mas caiu de produção e permitiu que a decisão fosse para o tie-break. No set decisivo, com placar equilibrado e indefinido até o fim, o Luz do Saber garantiu a vitória.

Jogando em casa, a equipe sub-18 do Colégio Apollo 12 entrou em quadra para disputar o primeiro lugar contra o Notre Dame e venceu diante de uma torcida que vibrou a cada lance. A partida foi equilibrada, com o primeiro set decidido além dos 25 pontos regulamentares. No segundo, o Apollo chegou a ficar atrás por metade do set, mas reagiu e confirmou o título.

O central e capitão Cauã Henrique da Silva, de 17 anos, destacou a dedicação ao longo da temporada, com treinos intensos e rotina regrada, recompensados com a medalha de ouro.

— É meu terceiro ano tentando no Inter, mas pela graça de Deus hoje a gente conseguiu. Primeiramente eu tenho que agradecer ao meu Deus porque sem ele a gente nem teria sido capacitado a isso. Mas também é questão de muito treinamento. Muita gente não vê, mas a gente fica aqui até, às vezes, 8 horas da noite. Das 16h às 20h, treinando toda segunda, quarta e sexta. Exaustão, muita briga também e muitos acertos. Mas no fim de tudo é a amizade. É um time muito lindo. Eu agradeço muito por participar desse time. Eu acho que foi isso que nos levou à vitória — vibrou.

Fechando o dia, Apollo 12 e Cerc disputaram o terceiro lugar no sub-15 feminino, e mais uma vez os donos da casa levaram a melhor, vencendo por 2 sets a 0.